No sábado (15/12/23), a Secretaria de Habitação e Urbanismo de Cotia encerrou a série de reuniões preparatórias para a revisão do Plano Diretor e da Lei de Uso e Ocupação de Solo que visa ouvir a população e fazer um diagnóstico participativo (que também está disponível remotamente). O último encontro marcado com moradores aconteceu na Câmara Municipal, sede do poder Legislativo, com todas as cadeiras ocupadas.
Como nas reuniões anteriores, o público presente teve a oportunidade de opinar sobre o futuro da cidade. As sugestões enviadas pelos moradores no questionário, assim como as apresentadas nas reuniões, farão parte de um diagnóstico que será apresentado em audiências públicas previstas para acontecer em janeiro de 2024.
As reuniões aconteceram nas principais regiões de Cotia: Granja Viana, Caucaia do Alto, Caputera e região central. Os encontros com a população foram mediados pelo Secretário de Habitação e Urbanismo de Cotia, Onofre Ferreira, pela arquiteta, Luciane Alegre. As agendas contaram ainda com a presença da coordenação de regularização fundiária de Cotia, representada por Silvio Cabral, além de vereadores, lideranças comunitárias e empresários.
Caio Portugal, CEO da GP Desenvolvimento Urbano, foi convidado pelo Prefeito Rogério Franco e pelo Secretário da Habitação – Arquiteto Onofre a compor o Conselho da Cidade. Ele participou de duas oitivas realizadas, uma Caucaia do Alto e outra na Câmara Municipal. Para o empreendedor, o Executivo acertou no formato. Porém, diz que é necessário dar maior publicidade nos cronogramas e nas audiências públicas que serão realizadas em janeiro.
“O Processo é de revisão do Plano Diretor. E, como sabido, é o instrumento legal de planejamento do crescimento ordenado do espeço urbano e rural da cidade, e que deverá promover a melhor orientação possível para a requalificação nos aspectos de mobilidade, saneamento básico, desenvolvimento econômico, social e cultural. Cotia é uma realidade complexa, seja pela morfologia do seu território, com topografia de acidentes geográficos suaves, em alguma parcela, e de grande variação em outras. Há ainda muita área protegida ambientalmente, o que merece atenção, fiscalização e acompanhamento da sociedade e dos poderes públicos. Há muita deficiência na integração do sistema viário da cidade, do transporte coletivo e da distribuição das centralidades. Há também o desafio do crescimento acelerado, passamos de 38 mil domicílios urbanos em 2000, para próximo de 115 mil em 2022. Temos uma porção importante, cerca de 5 mil unidades territoriais de núcleos urbanos carentes de regularização fundiária, urbanística e ambiental. Temos uma porção importante de edificações irregulares. Há uma maior necessidade de compatibilização da demanda por habitação e os investimentos nos serviços públicos. O plano diretor deve endereçar essas discussões, apresentando diagnósticos e soluções. Cabe a sociedade civil levar suas propostas. Como empreendedor e morador na cidade há mais de 40 anos, participo de forma voluntária levando nossa experiência e nossa contribuição. Eu e minha família somos moradores de Cotia, continuaremos sendo, e queremos que a cidade se desenvolva de forma sustentável, ambientalmente correta e socialmente inclusiva”, comentou com nossa equipe.
Por Juliana Martins Machado, com informações da Prefeitura