Vitamina D é a queridinha do momento, mas zinco está entre as vitaminais que ajudam na recuperação da covid-19

“O mineral tem efeito protetor na proliferação do vírus e no combate ao sintoma”, destaca a nutróloga Fernanda Cortez

Com a crise sanitária causada pela pandemia do novo coronavírus a vitamina D ganhou evidência devido ao aumento da busca pela imunidade. O que poucos sabem é que pacientes com baixos níveis de zinco têm pior prognóstico e maior mortalidade.

Embora, a vitamina D seja a queridinha do momento outros minerais são importantes, não é de hoje que, pesquisas ao redor do mundo são feitas em busca de tratamentos que suavizem os sintomas respiratórios causados pelas infecções virais, entre eles, podemos destacar o zinco, um mineral, super antioxidante que diminui a inflamação do corpo e aumenta o sistema imunológico. Ele é um mineral protetor do organismo que estimula, inclusive, a tiroide acelerando o metabolismo.

A nutróloga Fernanda Cortez (foto) – formada em Ciências Médicas pela Faculdade Santa Marcelina; Internship em Endocrinologia e Diabetes pelo Joslin Diabetes Center, da Harvard Medical School, em Boston – Estados Unidos; pós-graduada em Nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia); e pós-graduanda em Nutriendocrinologia Funcional – alerta para a importância do mineral:

“Os estudos mais recentes já apontam que o zinco teria um efeito protetor na proliferação do covid nas células humanas, ou seja, baixos níveis de zinco levam a sintomas mais graves porque ele leva a uma inflamação maior no corpo. Neste momento é indispensável tornar mais rápida a recuperação dos pacientes, sobretudo, porque não há leitos tanto na rede pública como na rede privada de saúde. Os níveis melhores de zinco ajudam na sobrevida da doença, diminui a inflamação, faz com que você tenha sintomas mais leves e melhoram muito a resposta inflamatória do paciente”.

Cortez acrescenta que a suplementação oral, endovenosa ou intramuscular (mediante acompanhamento médico) é válida, mas alerta que nada substitui a boa alimentação acompanhada de outras práticas de prevenção e vida saudável como: atividades físicas, uso de máscara, álcool gel, entre outros.

Até o momento há uma compreensão de que o zinco é um elemento fundamental para controlar a produção de radicais livres e sua deficiência eleva o risco de infecções e complicações secundárias, provoca a redução da cicatrização de feridas e torna mais vulneráveis os danos celulares da resposta de fase aguda. O mineral também é essencial para que os órgãos reprodutivos masculinos e femininos funcionem de forma saudável, pois favorece a complementação da meiose e cria blastocistos de boa qualidade.

Outro aspecto importante em relação à COVID19: alguns estudiosos também acreditam que a chamada ‘tempestade de citocinas’ provocada pelo SARS CoV-2 ao elevar a quantidade de radicais livres nas células gametogênicas, empobreça o zinco intracelular, situação que resulta em danos potenciais, por isso a nutróloga Fernanda Cortez recomenda a ingestão de alimentos que contêm zinco: ovos, amendoim, semente de abóbora, fígado, ostra, carne e feijão.

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