A falta de chuva está deixando em situação crítica muitos reservatórios de água importantes na região metropolitana de São Paulo. A começar pelo Sistema Cantareira, que abastece grande parte da região e é o mais crítico desde a última crise da água em 2015 e que volta a chamar a atenção de especialistas.
De acordo com monitoramento divulgado pela Sabesp o Cantareira fechou o mês de junho com 43,8% de sua capacidade e com apenas 19,6 milímetros de chuva na cabeceira da represa, frente a uma média histórica de 61,1 mm para o mês. E o nível de água segue baixando. Nesta terça-feira (10), a represa marca 42,5% de armazenamento. Nestes primeiros 10 dias do mês, choveu apenas 0,7 mm na represa. Em junho de 2013, ano anterior à crise hídrica que praticamente secou o sistema, estava em 56%.
Mas o governo do estado, em matéria publicada pela Folha de São Paulo, diz que a situação é diferente. “Na época da crise, o Cantareira abastecia nove milhões de pessoas. Hoje, são 7,5 milhões. Além disso, obras permitem agora, que um reservatório com mais água, mande para outro, que tenha menos”.
No sistema Alto Cotia que abastece a cidades de Cotia e região, durante todo o mês de junho choveu apenas 40,8 mm. A média para este mês, de acordo com a Sabesp é de 59,1 mm. Até o ultimo dia 30, o sistema operava com 69,7% de sua capacidade de armazenamento de água. Nestes primeiros 10 dias do mês de julho, choveu apenas 10 milímetro no Alto Cotia que opera com 65,9% de sua capacidade.
Pedro Côrtes, secretário de Saneamento e Recursos Hídricos de São Paulo diz que ainda dependemos muito do clima e que tem chovido menos em toda a região. Para ele, já é hora de começar a economizar.
A Sabesp, diz em nota à redação que na região de Cotia (incluindo Caucaia e Granja Viana, além de Barueri, Vargem Grande Paulista, Jandira, Carapicuíba entre outros que são atendidos pelos sistemas Alto Cotia e São Lourenço, o abastecimento é normal.
“Os sistemas têm capacidade para atender a região com cerca de 1,2 milhão de pessoas. A Sabesp lembra, no entanto, que é essencial que a população mantenha sempre os hábitos de consumo racional de água, evitando o desperdício, especialmente neste período de estiagem.”
(Com informações da Folha de S.Paulo)
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