Uma área que está constantemente envolvida com a saúde das pessoas e revela ter um papel importante diante da pandemia que enfrentamos atualmente é a Alquimia. Essa ciência que ficou popular por reunir química, arte e magia, na verdade tem suas práticas voltadas para a transmutação de determinados elementos em outros. Em entrevista ao Circuito Almanaque, programa exibido pelo Facebook e YouTube, o alquimista, escritor e empresário Joel Aleixo explicou que a alquimia, nos dias de hoje, trabalha muito com a relação entre a humanidade e a natureza e muitos dos problemas que a sociedade vem enfrentando são causas de desrespeito com o meio ambiente. “A cada dia que o homem vai agredindo a natureza, ele vai alterando a forma com que os elementos se mesclam e se misturam. Aí você vê um distúrbio muito grande desses elementos água, terra, fogo e ar. […] Claro que dentro desse desequilíbrio, existe toda uma entidade natural e que vai procurar o equilíbrio. Então, eu vejo muito essa pandemia como uma cobrança da natureza querendo o lugar dela”, pontuou.
Para o alquimista, a saúde das pessoas depende de sua relação com a natureza. O descarte inadequado de lixo e a exploração de recursos de forma não sustentável é um ato provocado pela sociedade que prejudica a nós mesmos. Joel afirma que de acordo com estudos alquimistas, quando a ciência é aplicada de forma indevida e não respeita a natureza, além de não encontrar soluções para problemas epidemiológicos, muitas vezes acaba sendo ela própria, a responsável pelos danos a saúde da população. “Você tem hoje, uma coisa que é a ciência. Ela é maravilhosa, em nenhum momento eu questiono os avanços científicos. Mas se você lançar um olhar mais crítico sobre a ciência, você vai ver que ela é muito arrogante porque está o tempo todo dizendo que tem soluções para tudo. Aí surge uma pandemia e quem é que nos traz a solução? A natureza. […] As coisas naturais vieram à tona e uma dessas coisas foi o uso dos óleos essenciais”, comentou.
Joel questionou o fato de haver muitos estudos científicos que visam o uso de produtos naturais na saúde, mas pouco explorados na prática. Aos poucos, algumas áreas da saúde procuraram usar métodos alternativos de tratamentos de doenças nos últimos anos, chegando até mesmo a adotar o uso de plantas medicinais e serviços a Fitoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). Mas muitas vezes, a ciência ainda chega a ser a causa do problema, como por exemplo, na preferência da produção de alimentos transgênicos e com uso excessivo de agrotóxicos, ao invés da produção de alimentos orgânicos. “Se a humanidade entendesse que a natureza que está dentro (de nós) é a mesma que está fora, ela não agrediria jamais a natureza lá fora. Quando você polui, por exemplo, a soja ou o feijão e inventa essa coisa do transgênico, essas mutações genéticas e ainda usa essa quantidade absurda de defensivos… quem é que no fim, vai comer aquilo? Somos nós. Vamos nos envenenar com um veneno que criamos e vamos agredir muito a natureza. Agredindo a natureza, a gente está se matando”, disse.
Ervas poderosas
E no que diz respeito ao uso das plantas e cuidados com a saúde, o alquimista indica até mesmo ervas comuns como poderosos agentes de combate a doenças. Aqui na região existem várias lojas de produtos naturais em que podemos encontrar dos mais comuns aos mais exóticos. Mas de acordo com Joel Aleixo, as ervas com maior concentração de agentes interessantes à saúde são três e podem ser facilmente encontrados em qualquer mercado. “O Alecrim, o Manjericão e a Sálvia tem muitas vitaminas e sais minerais, além disso são plantas antidepressivas. Então, elas te alimentam e te dão vida. Em momento de pandemia, você tem que tomar chá de Alecrim, Manjericão e Sálvia. Você tem que temperar mais os alimentos com elas. O efeito é imediato, você toma o alecrim e já sente o coração bater mais forte. Não precisa ficar com medo, porque eles tonificam o coração, eles tonificam o pulmão, limpam os intestinos e as vias urinárias imediatamente. Eles também são refrescantes e poderosos vermífugos. São fáceis de achar, de tomar e de administrar. Tem que ter em casa”, ensina.
- Alecrim, Manjericão e Sálvia como antidepressivos;
- Alecrim-pimenta como revigorante;
- Uso de óleos essenciais de Melaleuca;
- Uso de óleos essenciais de Eucalipto.
E ainda, no combate ao novo coronavírus, o especialista recomenda o uso do óleo essencial de eucalipto. Aplicando nas máscaras e nas mãos antes e após sair de casa, por exemplo. De acordo com o especialista, essa substância natural tem sido amplamente estudada e se mostra eficaz para eliminar o vírus sem prejudicar o sistema imunológico ou prejudicando a pele, que é nossa proteção natural.
Para descobrir um pouco mais sobre como os conhecimentos ancestrais da alquimia se mostram presente nos dias de hoje e muitas outras curiosidades dessa ciência mítica, confira a entrevista completa realizada pelo jornalista Fábio Sanchez.
Relembrando
Em 2015, tivemos dois encontros com Joel Aleixo para a matéria de capa da edição 190 da Revista Circuito. Conversamos quase oito horas no total. E não poderia ser menos, pois o alquimista tem histórias que não acabam mais. Paraibano de Campina Grande, Joel chegou a São Paulo, mais especificamente a Cotia, há mais de 30 anos para cuidar da saúde, mas
seu destino acabou sendo outro. Depois de um mês hospedado na casa de parentes, teve um “apagão”, como ele mesmo descreve, e ficou desacordado durante três horas. Ao voltar, foi recebido pelos familiares com milhões de perguntas e maravilhados, pois havia falado e escrito em diversos idiomas, além de ter recomendado a si mesmo uma severa tarefa de transformação. Desde então, sua vida nunca mais foi a mesma. “Aqui é um lugar especial. Foi o local escolhido por meus mentores, que sempre me disseram para não sair daqui, pois é um local forte, cercado por mananciais. Você sabia que aqui é o lugar em que mais
se pratica caridade na América do Sul? Pois é. Acho que este crescimento desordenado vai parar em algum momento. As coisas vão se acalmar. Não poderá crescer assim, acabando com o verde. Este lugar é muito especial”, comentou na época.
Por Eric Ribeiro
por 