Mauro Daffre sempre a frente do GS CIESP-Cotia

Na manhã desta quarta-feira, 1º de outubro, o Auditório Ricardo Lerner do SENAI Cotia recebeu mais uma edição do tradicional Café Ambiental do GS CIESP-Cotia, reunindo empresários, ambientalistas, profissionais de comunicação, educadores e estudantes em um diálogo inspirador sobre sustentabilidade, ESG e educação transformadora.

O encontro, organizado e moderado por Mauro Daffre, coordenador de comunicação do GS, abriu o mês com energia positiva e propósito.

Lena Miramontes

A secretária adjunta da Secretaria da Mulher, Neurodiversidade e Inclusão Social, Lena Miramontes, deu início ao evento com uma fala emocionada: “É uma honra estar aqui representando a Secretaria da Mulher, Neurodiversidade e Inclusão Social. E estou muito feliz de ver crianças neste auditório e neste palco hoje participando do nosso evento. Isso me dá esperança no futuro deste país!”

O CEO da Endoquímica, Amauri Reis, também participou da abertura, destacando a importância da responsabilidade ambiental no setor industrial: “Sustentabilidade não é discurso, é prática no dia-a-dia, com produtos menos tóxicos ou atóxicos, redução de insumos e compromisso com o futuro.”

Protagonismo Infantil

Alunos da EM Assis José de Oliveira com a Diretora Lucimara Batista, Mauro Daffre e Cris Brasil.

Sete alunos da EM Assis José de Oliveira, de Caucaia do Alto, subiram ao palco para mostrar como a sustentabilidade está presente em suas vidas. Lorena Moraes, de 10 anos, impressionou o público com sua fala articulada: “A poluição não começou hoje. A gente vive as consequências dela agora. A sustentabilidade tem três pilares: o econômico, o social e ambiental. O econômico é para se manter economicamente crescendo sem atrapalhar os outros pilares, o ambiental é para preservar os recursos da natureza para as futuras gerações e o social é sobre justiça e direitos iguais para todos.”

Já Hugo Rafael, também de 10 anos, trouxe exemplos práticos da escola que frequenta:
“Na escola temos uma casona de brinquedo e um sofá feitos com materiais recicláveis, como garrafas PET. Isso ajuda o meio ambiente e é divertido.”

A professora Adriana Pires Corrêa reforçou o papel transformador da educação:
“O que pra gente é preocupação, pra eles é esperança. Nosso investimento está aqui. São eles que vão mudar o mundo.”

A diretora da E.M. Assis José de Oliveira, Lucimara Batista, também trouxe um emocionante relato da sua obstinação em fazer diferente nas escolas onde atua, sempre em busca de parcerias com as famílias e com ONGs da região, conscientizando as crianças de seu papel no presente e no futuro do planeta. “A escola tem 30 funcionários, entre professores e outros trabalhadores. E todos são importantes. Se eles não trabalham felizes, impacta na aprendizagem das crianças. E se as crianças não vêm para a escola tranquilas e felizes, o ensino também não é eficaz.”

Lucimara contou como a escola vem sendo referência em práticas ambientais: “Temos horta em pneus reciclados, compostagem, reuso de água e muito mais. Os gibis da Turma da Mônica ajudam a ensinar as ODS. E tudo é feito com alegria.”

Nilton Jorge Del Zotto

Outro que está fazendo a diferença na educação é Nilton Jorge Del Zotto, CEO da startup Niltex e presidente do Instituto Nilte. Ele apresentou um kit para separação de resíduos sólidos, que desenvolveu. Com patrocínio internacional, o kit está sendo distribuído em escolas públicas de cidades como Guarulhos, Pirassununga e Peruíbe e já gera benefícios ambientais e econômicos para as comunidades envolvidas.

Kit de Separação de Resíduos Recicláveis

“Os alunos aprendem a montar o Kit, levam para casa e trazem de volta os resíduos limpos e separados em saquinhos identificados por cor. As escolas repassam esse lixo separado e limpo para as cooperativas de reciclagem e parte da renda da reciclagem retorna para a escola.”

Parcerias que Viraram Ação

O espaço “Brotou no Café Ambiental”, apresentado por Sonaidy Lacerda, trouxe histórias concretas de conexões que nasceram em edições anteriores do evento e já estão gerando impacto real.

Entre os destaques:
* Doação para a Apae de Cotia: A empresa Spirax Sarco, onde Sonaidy trabalha, fará a doação de 20 notebooks para a instituição, após uma conexão feita durante o primeiro Café Ambiental de Vargem Grande Paulista.

* A Palestra de Sonaidy sobre a COP 30 no 13º Café Ambiental virou reportagem na Revista da AETEC (Associação dos Arquitetos, Engenheiros e Técnicos de Cotia) impactando em mais gente atingida pelas informações compartilhadas.

Luiz Fernando de Araújo Bueno

Afinal, o que é Sustentabilidade?

O professor da FGV e consultor Luiz Fernando de Araújo Bueno trouxe um olhar afiado sobre ESG e governança corporativa: “ESG não é sobre parecer sustentável. É sobre ser, envolver e conscientizar. Duas letras resolvem muita coisa: ET — Ética e Transparência.”
Ele defendeu que sustentabilidade precisa estar integrada à estratégia das empresas: “Sem isso, ela vira projeto solto. Não gera valor, não engaja, não dura. O primeiro passo é criar um Comitê de Sustentabilidade na Empresa e envolver todo mundo, inclusive o executivo principal da empresa. Sustentabilidade só funciona se estiver na estratégia da empresa e for feita em rede.”

Tatiane Leocadio com Mauro Daffre

Mobiliário e Saúde Mental no Trabalho

Tatiane Leocadio, CEO da Divisionn Móveis Corporativos, trouxe um tema ainda pouco discutido: o impacto do ambiente físico na saúde emocional dos colaboradores.
“Passamos um terço da vida sentados. E ninguém fala do quanto a iluminação ou uma cadeira ruim podem causar dor e até burnout. É preciso repensar os espaços.”
Ela ainda sugeriu que, ao invés de trocar móveis antigos, empresas considerem reformá-los — iniciativa mais sustentável e econômica.

Rafael Palermo

IA Generativa e ODS

O consultor em transformação digital, Rafael Palermo, encerrou as palestras com uma visão provocativa sobre o uso da inteligência artificial generativa para acelerar os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU:
“A IA não é inimiga da educação. O uso errado dela é. Se usada corretamente, pode ser a maior revolução educacional que já vivemos.”

Por Mônica Krausz

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