Sábado (18/11) foi dia de Mutirão contra o Aedes aegypti, em Cotia. A ação foi realizada pela Prefeitura e o primeiro bairro a receber o evento foi o Jardim Rosemary, na divisa com Itapevi. Dezenas de pessoas, de várias secretarias municipais, participaram do mutirão que contou com apoio dos moradores e da associação de bairro, liderada por Iran Soares.
“A Prefeitura realiza o trabalho de combate ao Aedes ao longo de todo ano, são ações permanentes”, disse o prefeito Rogério Franco.
O mutirão foi organizado pela Secretaria de Saúde, por meio da Vigilância Ambiental. “Nosso balanço é o melhor possível. A situação do bairro melhorou bastante em relação a focos de mosquito. Isso mostra que a população está mais preocupada e consciente sobre as ações de combate ao Aedes”, disse Páscoa Bichiato, coordenadora da Vigilância Ambiental.
De acordo com Magno Sauter, Secretário de Saúde, o número de casos de dengue teve queda ao longo de 2017, mas isto não significa que as ações podem parar. “Enfrentar o Aedes é tarefa permanente. O mosquito é vetor de doenças como dengue, zika, chikungunya e a febre amarela urbana. Descuidar é muito perigoso”, disse.
À frente da organização do evento, a secretária adjunta da Saúde, Ângela Maluf, afirmou que mais mutirões acontecerão na cidade para eliminar possíveis focos do mosquito e sensibilizar a população sobre a importância da prevenção. “São medidas simples, mas fundamentais para vencermos o mosquito. Vamos às casas orientando, combatendo focos, mas, sobretudo, sensibilizando os moradores de que a luta é constante e precisa do envolvimento de todos nós”, disse Ângela.
Com a participação da Secretaria de Obras, a Prefeitura de Cotia ajudou a população a se livrar de objetos inservíveis que poderiam acumular água e se transformar em focos do Aedes. Dois caminhões passaram pelas ruas do bairro recolhendo garrafas, geladeiras, máquinas, tanques, entre outros materiais descartados pelos moradores.
Para Rafael Luiz Lourenço, que mora no bairro há 20 anos, ações como esta, realizadas pela prefeitura são muito bem-vindas. “É bom para a gente mesmo. Muitas vezes o poder público precisa lembrar as pessoas do que precisa ser feito em suas casas, assim ficamos livres do mosquito”, avaliou.
Pedro Nepomuceno, que vive no Jardim Rosemary há 31 anos garantiu que não descuida do seu quintal. “Limpo calhas periodicamente e, há poucos dias, inclusive, fiz a limpeza, retirei bastante folha de árvore, mas não encontrei larvas de mosquito”, disse. “Como tenho árvore no quintal, não posso descuidar do telhado, porque uma calha entupida pode se transformar em criadouro”, completou.
Dias antes do mutirão (16 e 17/11), a coordenadora da Vigilância Ambiental, Páscoa Bichiato, esteve na E.M Malvina de Castro, que fica no Jardim Rosemary, fazendo uma palestra sobre combate ao Aedes aegypti para todos os alunos e, durante o mutirão, percebeu os efeitos do trabalho educativo. “Minha filha falou que passaram na escola e chegou falando que precisamos cuidar de nossa casa, do quintal, que não podemos deixar água parada. Muito importante ensinarmos para as crianças também”, disse Bruna Santana.