A dermatologia está sempre avançando com novos procedimentos que surgem no mercado. Entre os muitos tratamentos dermatológicos disponíveis, o uso de PDRN e exossomos estão se destacando como uma estratégia promissora.
DNA de Salmão: aposta contra o envelhecimento
O envelhecimento da pele é um processo inevitável, influenciado por fatores internos e externos que resultam em perda de firmeza, hidratação e contorno cutâneo. Até então, tratamentos tópicos e orais mostravam limitações nessa área. No entanto, uma técnica inovadora tem se destacado: o uso do PDRN (Polinucleotídeo).
A dermatologista Larissa Vianna realiza esse procedimento desde o ano passado e explica que o PDRN é um composto regenerativo obtido do DNA do salmão. “Derivado do esperma de peixe e purificado em altas temperaturas, é utilizado como um procedimento estético devido ao seu poder regenerativo, resultando em uma remodelação celular sob a pele”, comenta.
Os benefícios são realmente impressionantes: o procedimento melhora a elasticidade e a textura da pele, proporcionando um efeito de lifting sem a necessidade de procedimentos invasivos. E se usado em conjunto com ácido hialurônico e niacinamida, promove ainda mais melhorias no tônus da pele, além de ter efeito antioxidante e antienvelhecimento. “O ácido hialurônico melhora rugas finas e hidratação, enquanto o PDRN regenera e remodela as células e a niacinamida atua como clareador e iluminador”, ressalta a médica.
A aplicação do tratamento é feita por nanomicroagulhamento e pode ser realizada em diversas áreas do corpo, como face, colo, pescoço, braços e abdômen. E é seguro para pessoas alérgicas a peixes e crustáceos.
Exossomos: benefícios para pele e cabelo
Outra técnica inovadora que tem conquistado espaço na dermatologia estética são os exossomos, pequenas vesículas extracelulares com propriedades regenerativas e de comunicação intercelular. “Eles transportam informações genéticas e proteínas entre as células, sendo cruciais para a integridade da pele e dos cabelos”, explica Larissa.
Essas estruturas têm se mostrado promissoras em uma variedade de tratamentos dermatológicos, incluindo melasma, rejuvenescimento facial, rosácea, acne, cicatrizes de acne e até calvície. “Essa terapia é relativamente nova, sendo desenvolvida desde 2018 na Espanha. Considero que é a principal inovação no campo da regeneração celular em dermatologia estética atualmente”, define.
Uma pesquisa coreana de 2019, realizada com 20 voluntários, entre homens e mulheres com alopecia androgenética, mostrou melhora da espessura e densidade do cabelo, após 12 semanas de terapia com exossomos capilares. “Ela é capaz de estimular o crescimento capilar mesmo em áreas onde não havia cabelo. Iniciamos esse tratamento no Brasil no ano passado após aprovação, e já estou obtendo resultados positivos em pacientes”, comemora.
Ambas as técnicas, DNA de salmão e exossomos, representam avanços significativos
na busca por tratamentos mais eficazes e seguros na dermatologia estética, abrindo caminho para um envelhecimento mais saudável e equilibrado. “O futuro da dermatologia estética está nas técnicas que promovem um rejuvenescimento natural e harmônico, respeitando a individualidade de cada paciente”, conclui Larissa.
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