O processo de produção sofreu mudanças desde a primeira Revolução Industrial, bem como a sociedade também: era agrícola, se tornou industrial e agora, digital. Tais mudanças desenvolveram habilidades nas pessoas e modelos de negócios, sempre buscando resultados. O desenvolvimento tecnológico contribuiu com o aperfeiçoamento de diversos processos produtivos, acelerou a produção em níveis maiores com ganhos de capacidade e produtividade, mas comprometendo reservas de recursos naturais.
Na maioria dos processos produtivos, as matérias-primas são extraídas da natureza em velocidade que não permite a regeneração do planeta e os resíduos da produção e o descarte de produtos usados contribuem para impactos ao meio ambiente: poluição, aquecimento global, problemas de saúde, gastos públicos.
O processo atual extrai, produz, usa e descarta. É a economia linear (EL). As implicações negativas desse processo são a exploração desenfreada de recursos naturais e descarte final com problemas ambientais.
Surge a necessidade de uma nova economia que considere as situações presentes e críticas da EL. Esse modelo é a economia circular (EC), onde os fluxos de materiais são contínuos e os resíduos são transformados em matérias-primas. A figura apresenta os dois modelos:
O objetivo é eliminar o lixo ou que seja o mínimo possível, reduzir as perdas, aperfeiçoar o uso de materiais e circular mais e melhor. A EC pensa em novos ciclos de materiais, de produção e de modelos de negócios. A EC não é solução para problemas da EL; ela muda o sistema atual, evitando tais problemas, focando em recursos renováveis e uso de resíduos como recursos, compartilhamento e maior vida útil de produtos por reparos, modernização, revenda e uso compartilhado, durabilidade e modularidade.
Os conceitos e práticas de EC ainda são relativamente novos no Brasil, mas impulsiona negócios atuais, cria outros negócios, gera empregos, protege o meio ambiente, revê valores e atitudes, cria consciência no consumo e melhora relações: é o novo comum na produção.
Mauro Campello é carioca, morador da Granja há 28 anos, engenheiro e mestre em engenharia de produção; CREA 30584 (RJ)
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