A urbanização tem o potencial de proporcionar inúmeras melhorias na vida das pessoas nas mais diversas áreas como saúde, educação, lazer, mobilidade, emprego, entre outras, mas além disso traz também diversos impactos negativos, em especial para o meio ambiente.
A diminuição das áreas verdes e consequentemente a impermeabilização do solo são os principais efeitos negativos da urbanização, promovendo a elevação da temperatura (efeito conhecido como ilhas de calor) e dificultando a drenagem das águas pluviais.
Esses dois efeitos associados têm a capacidade de alterar o ciclo hidrológico e hidrogeológico nas áreas urbanizadas e suas adjacências, provocando períodos de seca mais longos e chuvas mais intensas.
A Constituição Federal de 1988 garante a todos o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, e confere ao poder público a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, por isso devemos contar, não somente com iniciativas públicas, mas também com atitudes da população concernentes ao assunto.
Nesse aspecto, a infraestrutura verde, que consiste em um conjunto de obras cuja finalidade é mitigar os impactos negativos provocados pelas ações do homem, surge como uma alternativa para minimizar estes impactos causados pela urbanização.
Inúmeros são os elementos de infraestrutura verde conhecidos e podem ser aplicados isoladamente ou em conjunto nos mais diversos tipos de obras de engenharia, como pavimentos, coberturas, muros, praças, ruas, entre outros.
Dentre as tipologias de infraestrutura verde estudadas, é possível destacar algumas delas, como o alagado construído, as bacias e valas bioretentoras, o canteiro pluvial, as hortas urbanas, a lagoa pluvial, os muros vegetais, os pavimentos porosos e os telhados verdes.
Os elementos de infraestrutura verde apresentam como principais funções a purificação, a detenção, a retenção, a condução e a infiltração das águas precipitadas. Essas funções auxiliam na redução da poluição difusa (que é o transporte pelas águas precipitadas de poluentes atmosféricos em suspensão ou sedimentados), na diminuição dos picos de cheia (que provocam as enchentes que são manchetes todos os anos) e na reposição do volume dos lençóis freáticos (cada vez mais baixos, devido à redução da permeabilidade do solo). E o trabalho profissional de um engenheiro capacitado é primordial para obtenção de um bom resultado final, com a respectiva emissão da ART.
Giovani Marques Ferreira
Engenheiro, docente do curso de Engenharia Civil da Faculdade Estácio de Carapicuíba, mestrando em Recursos Minerais e Hidrogeologia do IGc/USP.
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Este artigo tem o apoio do CREA-SP e da AETEC, buscando valorizar os profissionais das engenharias, agronomia e geociências. Em todas as atividades do seu dia a dia, sempre haverá, na retaguarda, um profissional capacitado e habilitado no CREA. Mas antes de contratá-lo, exija a carteira profissional e a emissão da ART – Anotação de Responsabilidade Técnica. Visite o site a etec.org.br e encontre o profissional de sua preferência.
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