A manutenção preventiva é em geral planejada com base no histórico de funcionamento da edificação e assim periodicamente executadas. O intuito é reduzir as falhas alinhado a um plano de manutenção provenientes dos manuais técnicos e nos intervalos de tempo necessários.
Ela consiste em um processo efetuado com controle de periodicidade, de modo sistemático e planejado. O principal objetivo é controlar e monitorar os equipamentos, sistemas construtivos e todas as estruturas que fazem parte da edificação.
O tempo excessivo do não cumprimento das etapas do plano de manutenção ou o grande intervalo entre as etapas deste processo podem ocasionar nas moradias habitacionais e comerciais falhas na qualidade do projeto, acarretando a perda de garantia e até da habitabilidade ou segurança dessas edificações e, consequentemente, a redução do seu período de vida útil (critério que mensura durabilidade e desempenho ao longo do tempo). Citando como exemplo o tempo de vida útil de uma parede estrutural, onde o tempo deveria ser de, no mínimo, 50 anos, conforme estabelece a ABNT NBR 15.575-1 (2013)1, pode passar a ser de 25 anos, caso as devidas operações de manutenção corretiva ou preventiva não sejam realizadas.
Essa edificação tende, após um determinado período, ser classificadas como (habitações) inadequadas para uso. Uma situação que para ser remediada precisa que questões de desempenho, segurança e qualidade sejam cada vez mais exigidas nas fases de contratações, projetos, planejamento e execução. É muito importante que o planejamento de manutenção seja considerado no momento do ciclo de vida das edificações.
O desempenho e, consequentemente, a durabilidade das edificações é mantida desde que ocorram atividades de manutenção conforme estabelecido na NBR 15.575-1 (2013)1 e NBR 5674 (ABNT, 2012).
Conforme estabelecido pela norma técnica NBR 15575 (ABNT, 2013) todos os componentes, elementos e sistemas da edificação devem manter a capacidade funcional durante a vida útil de projeto, para tal, a formatação do manual de uso, operação e manutenção, mostra-se essencial para auxiliar na manutenibilidade da edificação em questão. É necessário que sejam procedidas intervenções periódicas de manutenção especificadas pelos respectivos fornecedores no ato de compra e venda da unidade (CBIC, 2013).
O aumento da vida útil dos equipamentos e sistemas construtivos vai depender de seguir o cronograma do plano de manutenção estabelecido nos manuais de operação corretamente e todos os processos necessários para manutenção adequada.
Podemos destacar ainda a redução de custos que é possível alcançar quando há um cronograma de manutenção preventiva que é devidamente seguido. Como há um aumento da vida útil do item, consequentemente, há uma redução de custos, já que não será necessário realizar a troca de equipamentos por estarem funcionando de modo adequado.
Desta forma, quando um projeto de construção civil leva em consideração todos os aspectos necessários para a execução da manutenção preventiva, baseando-se na NBR 5674 e NBR 15.575, tanto no canteiro como após a entrega das unidades, há grandes possibilidades da assistência técnica no pós-obra ter menos incidência de chamados e promove a satisfação dos clientes e investidores.
*Bettyandra Cavalcante Machado. Bacharel em Engenharia Civil – CESMAC, MBA Gerenciamento de Projetos– Universidade São Judas – 2014 SP e MBA em Gestão de Custo – FGV – 2006 AL. Com experiência de 18 anos na área de construção civil, como gestora do departamento assistência técnica, atuando em representativa na Construtora RFM. [email protected]
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