Na caça ao mosquito

Governo de SP liberou R$ 97,2 milhões à Fundação Butantan, os recursos serão usados na conclusão da fábrica da primeira vacina brasileira contra dengue

O governador Geraldo Alckmin assinou um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) para a liberação de 97,2 milhões de reais à Fundação Butantan. Os recursos serão usados na conclusão das obras da fábrica da primeira vacina brasileira contra a dengue. Isso é importante para a ciência brasileira e uma grande colaboração para a ciência mundial, porque não há, no mundo, uma vacina contra a dengue com apenas uma única dose. A nova fábrica ficará dentro do Instituto Butantan e terá 3 mil m² de área construída. As instalações foram arquitetadas para suportar a produção de até 100 milhões de doses de produto concentrado (bulk) e até 30 milhões de doses de vacina liofilizada contra a dengue por ano. A planta também foi planejada para operar a produção de vacinas contra a raiva e zika vírus, entre outras.

Investimento

O aporte do banco corresponde a 31% do investimento total do projeto, orçado em 305,5 milhões de reais. O contrato ocorreu por meio do programa BNDES – Funtec, que prevê a liberação a fundo perdido a iniciativas de pesquisa aplicada, desenvolvimento tecnológico e inovação executada por Instituições Tecnológicas (IT), selecionados de acordo com os focos de atuação divulgados anualmente pelo BNDES.

Vacina

A primeira vacina brasileira contra a dengue está na última fase de testes clínicos, antes de ser submetida à aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a validação, ela será produzida em larga escala e disponibilizada para campanhas de imunização em massa na rede pública de saúde em todo o Brasil. A última etapa da pesquisa é a comprovação da eficácia da vacina. Os dados disponíveis das duas primeiras fases indicam que a vacina é segura, que induz o organismo a produzir anticorpos de maneira equilibrada contra os quatro vírus da dengue e que é potencialmente eficaz.

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