Os municípios da Região Oeste não receberam este ano as doses da vacina antirrábica, como é de praxe acontecer no mês de agosto, quando é realizada a campanha contra a raiva. A entrega deveria ser feita pelo Ministério da Saúde, que alegou ‘problemas técnicos na produção da vacina’.
De acordo com o ministério, as doses da vacina foram distribuídas em quantidade suficiente para atender a demanda mensal dos estados para a vacinação de bloqueio de foco. Isso ocorre, segundo a pasta, quando um animal é diagnosticado com o vírus da raiva.
“A pasta está empenhada em solucionar este atraso junto ao laboratório e ressalta que as doses serão enviadas aos Estados assim que a produção for normalizada”, informou.
Este ano, de acordo com o Ministério da Saúde, foram enviadas sete milhões de doses para todo o país, sendo 1,5 milhão para o estado de São Paulo. No entanto, a Secretaria Estadual de Saúde negou a informação e disse à Circuito que as vacinas não foram entregues.
Os donos de pets estão sendo orientados a vacinar seus animais em clínicas particulares. Cães e gatos, a partir dos três meses de idade, devem ser vacinados contra a raiva anualmente.
Segundo especialistas, das doenças contraídas pelos animais de estimação, a raiva é uma das mais conhecidas e temidas. Ela está na categoria de enfermidades que podem ser transmitidas para os seres humanos.
O que é a raiva?
A raiva é uma polioencefalite viral grave, ou seja, é um vírus altamente contagioso. Os principais transmissores são os animais silvestres, como morcegos, gambás e macacos, que contaminam cachorros, gatos e humanos de forma acidental através de um ferimento, geralmente mordeduras de bichos raivosos, ou pelas membranas e mucosas (troca de secreções).
Na grande maioria das vezes é fatal para os mamíferos, chegando a alcançar quase 100% dos casos. A doença costuma demorar até dez dias para se manifestar no animal infectado. Bichos como pássaros, lagartos e peixes, que não são mamíferos, não transmitem a raiva.
Os humanos são hospedeiros acidentais na cadeia infecciosa, pois convivem cada vez mais com os bichos. No caso deles, o vírus possui tropismo pelo sistema nervoso central, instalando-se no cérebro e, tendo como resultado final, uma encefalite (inflamação no cérebro).
Sintomas da raiva em animais
A raiva apresenta diferentes estágios e, durante sua evolução, os sintomas também podem mudar.
O período conhecido como “raiva furiosa” é a primeira fase. Com duração de 1 a 4 dias, ela costuma causar alterações de comportamento do pet, como: excitação, agressividade, medo, depressão, ansiedade e demência.
A segunda fase se chama encefalite, que é quando ocorre a inflamação do sistema nervoso central. O pet se torna mais agressivo, tenta morder qualquer coisa e pode até se auto atacar. A duração é de cerca de um dia. Nesse período também pode ocorrer sialorreia (salivação excessiva), desorientação e falta de apetite.
A raiva evolui muito rapidamente. Quando chega à segunda fase, o animal geralmente vai a óbito em 48 horas.
Por José Rossi Neto
Com informações do portal IG
Região não recebeu vacina antirrábica
Ministério da Saúde alegou ‘problemas técnicos na produção da vacina’, mas garantiu que vai solucionar o atraso junto ao laboratório e enviar as doses assim que a produção for normalizada. Especialistas recomendam a vacinação em cães e gatos, anualmente, a partir dos três meses de idade. Das doenças contraídas pelos animais de estimação, a raiva é uma das mais conhecidas e temidas e pode ser transmitida aos seres humanos