Há aproximadamente 200 anos, a Independência do Brasil era firmada e a data de 7 de setembro entrava para o calendário histórico do país. Nunca essa data foi tão debatida e sob diversos prismas. Ao longo do tempo, narrativas e símbolos foram ressignificados e Pedro Castellan Medeiros (foto), coordenador do Portal do Bicentenário e professor dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio do Colégio Rio Branco, discute como a abordagem em sala de aula não pode ser “acrítica”, dando enfoque à reflexão com papel formativo aos alunos.
Castellan observa como as transformações sociais, econômicas e políticas ao longo desses dois séculos influenciaram no processo de construção da História do país. “Desde a Independência, variadas narrativas, com a exaltação de diferentes símbolos, foram adotadas para se referir à emancipação brasileira, incluindo as lutas e interesses de diversos grupos, tal como projetos distintos”.
Dessa forma, o professor de História defende que, em sala de aula, é preciso entender esse fato histórico como fruto de um processo. “A contação de História progressiva e cronológica, com fatos, dados e personagens específicas, deve ser eliminada. Devemos olhar para um conjunto de fatores e temáticas, proporcionando a crítica e o estímulo à cidadania ativa e participação democrática”, conclui.
Sobre o Colégio Rio Branco (www.crb.g12.br) – O Colégio Rio Branco é uma das mais reconhecidas instituições de ensino do Brasil, com unidades de Educação Infantil ao Ensino Médio em São Paulo (Higienópolis) e Cotia (Granja Vianna). O colégio é associado à UNESCO e orienta seu projeto pedagógico na aquisição de conhecimentos e competências permeadas pelo diálogo, respeito à diversidade, atitude crítica e edificada em princípios éticos e de solidariedade.