Aos 11 anos o menino branco encantou o pajé de uma tribo indígena em um encontro de pajés na Chapada dos Guimarães. Com pouca idade ele já tinha conhecimento de ervas medicinais e dominava a técnica do arco-e-flecha. Foi então que foi convidado a passar alguns meses na tribo. “Menino Branco Coração de Índio vai com nós”, disse o Pajé Tucumã à mãe de Léo. “Eles imaginaram que ela não ia deixar, já estavam até com um plano de sequestro”, brinca Léo. “Mas ela deixou”, conta.

Aos 11 anos foi convidado por um pajé da tribo Xingu a ficar com eles e conviveu com os índios por seis meses

E o que era para ser um período de três meses acabou se tornando uma imersão de seis aonde o, então menino, aprendeu não apenas sobre as plantas e seus usos, mas também sobre os importantes rituais e convívio dentro de uma tribo. Com as técnicas de sobrevivência na floresta ele foi convidado a participar do Programa Desafio e Dose Dupla, do Discovery Channel, ao lado do Coronel Leite, especialista em técnicas militares. “Foi esse programa que me deu visibilidade para levar a cultura indígena para o mundo”, conta Léo. “Um dia eu estava na minha marcenaria e me questionava o que eu poderia fazer com aquele conhecimento todo que eu havia recebido dos índios” recorda-se. “E então surgiu o convite para o programa”.

Coronel Leite e Leo Rocha protagonizaram a série Desafio em Dose Dupla exibida pela Discovery Channel Brasil

E foi justamente com os índios que Léo Rocha também aprendeu as técnicas que hoje usa para apagar os incêndios na Chapada dos Guimarães: “Desde criança a gente está nesta luta por proteger a natureza, apagando fogos, lutando contra caçadores, protegendo os animais, mas às vezes desanima um pouco porque parece que é pouca gente ajudando e muita gente trabalhando contra”, disse.  “Felizmente várias forças voluntárias têm vindo até de São Paulo pra ajudar a gente e é isso que nos dá forças, essa união.”, conta.

Na entrevista nos falou sobre o sufoco quando teve conhecimento de que o fogo estava muito perto de sua marcenaria e perto da casa de sua irmã Iva Marques. “Eu estava ajudando a salvar a casa dos animas e quando voltei pra minha casa vi que ela também estava quase pegando fogo”, contou.

E encerrou sua participação na live com uma linda mensagem: “A humanidade precisa superar o individualismo e aprender a ser tão inteligente como as formigas e os peixes, agindo enquanto grupo, enquanto cardume, como uma unidade só e eu vi isso no combate ao incêndio”.

Clique no link abaixo e assista a entrevista completa.

Para saber mais sobre o trabalho do Léo Rocha e também para ter acesso às obras de arte indígena que ele vende acesse: www.leorochabrasil.com.br

Por Mônica Krausz

 

 

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