Em apoio à erradicação da poliomielite, o presidente de Rotary International Barry Rassin está visitando o Brasil. De acordo com ele, o trabalho do Rotary para a erradicação da pólio é uma fonte imensa de inspiração: em 1988, cerca de 350.000 pessoas sofriam paralisia como resultado de infecção pelo vírus da pólio selvagem; em 2017, apenas 22 casos foram documentados. “Nós estamos vivendo um momento incrivelmente empolgante na erradicação da pólio. Um ponto no qual cada novo caso de pólio pode vir a ser o último”, comemora.
No entanto, enfatiza que, mesmo após o último caso de pólio ter sido documentado, o trabalho continuará existindo. “A paralisia infantil não estará erradicada até que o comitê responsável confirme isso. Para tanto, nenhum vírus da pólio deve ser encontrado em rios, em esgotos ou em uma criança por pelo menos três anos. Até lá, temos que continuar trabalhando exatamente como agora”, faz questão de frisar.
Além do apoio à Campanha Nacional de Vacinação, a agenda de Barry Rassin ao Brasil incluiu a visita à Fundação de Rotarianos de São Paulo, a maior obra rotária do mundo na área da educação. Acompanhado por diretores e gestores da Fundação e por rotarianos, o presidente conheceu o Colégio Rio Branco, as Faculdades Integradas Rio Branco na Granja Viana e na Lapa, o Ensino a Distância Rio Branco, o Centro Profissionalizante Rio Branco e
o Centro de Educação para Surdos Rio Branco.
Barry ficou encantado com o trabalho realizado. “Rio Branco é realmente singular, por ensinar o aprendizado criativo. É importante nos dias de hoje ensinar as crianças a como pensar, mais do que encher a cabeça delas só com informações. Se pudermos ser criativos e pensar em como fazer as coisas, podermos fazer deste mundo um lugar melhor”, comentou.
Quando questionado sobre o que mais lhe chamou a atenção durante a visita à Granja Viana, ele sorriu e respondeu: “as crianças. Poder aprender nem que seja um pouquinho da linguagem de sinais e dizer olá para elas. E também falar com os adolescentes, a maioria de família carente, mas com o compromisso de aprender. O apoio que esses jovens recebem aqui (no CEPRO) é muito importante, é a oportunidade que tem para mudar de vida”.
E pede que as pessoas continuem este trabalho. “Juntos, vemos um mundo onde as pessoas se unem e entram em ação para causar mudanças duradouras em si mesmas, nas suas comunidades e no mundo todo”, finalizou o presidente, citando a declaração de visão do Rotary International.
Sobre Barry Rassin
Rassin fez MBA em saúde e administração hospitalar na Universidade da Flórida e é o primeiro membro do Colégio Americano de Executivos de Assistência Médica nas Bahamas. Recentemente, ele se aposentou depois de 37 anos como presidente do Doctors Hospital Health System, onde continua servindo como consultor. Ele é membro vitalício da Associação Americana de Hospitais e serviu em vários conselhos diretores, incluindo do Quality Council of the Bahamas, Health Education Council, e Employer’s Confederation.
Rotariano desde 1980, Rassin serviu ao Rotary como diretor, líder de treinamento e assessor do presidente de Rotary International na gestão 2015-16. Rassin recebeu o Prêmio Dar de Si Antes de Pensar em Si, a maior homenagem concedida pelo Rotary, além de outros reconhecimentos humanitários por sua liderança a esforços de assistência no Haiti após o terremoto de 2010. Ele e sua esposa, Esther, são doadores extraordinários e Benfeitores da Fundação Rotária.
Sobre o Rotary
O Rotary, uma rede global de voluntários dedicados a vencer os maiores desafios humanitários do mundo, tem mais de 1,2 milhão de associados e 35.000 clubes no mundo inteiro. Seja ajudando famílias carentes ou combatendo a paralisia infantil, a organização trabalha para melhorar a qualidade de vida em comunidades locais e internacionais.
Progresso na luta contra a pólio
O Rotary lançou o programa de imunização Pólio Plus em 1985. Em 1988, a organização se tornou líder na Iniciativa Global de Erradicação da Pólio, junto com a Organização Mundial da Saúde e o Centro Norte-Americano de Controle e Prevenção de Doenças. Mais tarde, a Fundação Bill e Melinda Gates também passou a integrar o grupo. Desde que a iniciativa começou, a incidência da paralisia infantil no mundo caiu em mais de 99,9%, indo de 350.000 casos em 1988 para apenas 22 em 2017. O Rotary já contribuiu mais de US$1,8 bilhão para a luta contra a pólio.