Programa capacita jovens para inovação tecnológica

Bolsistas de 16 a 24 anos receberão treinamento nos 12 FabLabs da cidade para criar projetos e soluções para suas comunidades em São Paulo

O programa Bolsa Trabalho da Prefeitura vai capacitar 120 jovens de baixa renda a usar a tecnologia para criar soluções e projetos para suas comunidades. Os bolsistas de 16 a 24 anos receberão treinamento e atuarão nos 12 Laboratórios Públicos de Fabricação Digital (FabLabs). A iniciativa tem como objetivo incentivar a inovação social e o empreendedorismo.

Os FabLabs são centros de pesquisa e de produção tecnológica que utilizam equipamentos de última geração como impressoras 3D, cortadora a laser e cortadora de vinil. A cidade de São Paulo é a primeira do mundo a ter uma rede pública desses laboratórios.

Durante um ano, os jovens participantes receberão formação em eletrônica, programação e fabricação digital, inclusive em contato com estudiosos da área. A ideia é que aprendam técnicas de prototipagem rápida e passem a ter capacidade de operar as máquinas dos laboratórios. Haverá ainda atividades de capacitação sobre o mundo do trabalho, cidadania e direitos humanos. A bolsa poderá ser renovada por mais um ano.

O Programa Bolsa Trabalho – Juventude, Trabalho e Fabricação Digital é voltado a jovens que pertencem a famílias cuja renda per capita (por pessoa) seja equivalente ou inferior a meio salário mínimo. Os bolsistas devem estar matriculados em cursos vinculados ao sistema nacional de ensino ou ter concluído o Ensino Médio, inclusive profissionalizante. Todos os jovens receberão um auxílio mensal de R$ 1.012,00 para 136 horas mensais de atividades, valor que inclui auxílios transporte e alimentação.

Os laboratórios estão localizados em Itaquera, Penha e Cidade Tiradentes, Limão, Paraíso, Heliópolis, Anhanguera, Jardim Célia, Butantã, Jardim São Luís, Bela Vista e no Centro (Galeria Olido).

O programa recebeu 1.200 inscrições. A seleção garantiu que metade dos bolsistas seja de jovens negros ou de jovens mulheres, além de 25% de participantes que cumprem ou cumpriram medida sócio educativa e de 10% de imigrantes. Para participar, os candidatos devem estar desempregados, não ter registro em carteira nos últimos 6 meses e não estar recebendo seguro desemprego.

No perfil dos inscritos, a maior parte dos jovens está cursando ou já concluiu o Ensino Médio, estuda durante a noite e mora nas zonas leste ou sul. O programa atraiu o interesse de imigrantes de Angola, Síria, Haiti e Benin.

Artigo anteriorBiblioteca ganha obra de arte em SP
Próximo artigoThe Square tem programação de Natal