Gustavo Oliveira, o Bala Loka, acabou conquistando o título do BMX Estilo Livre, competição realizada no último final de semana em Carapicuíba. O título garante visibilidade e projeção nessa corrida pela classificação para os Jogos Olímpicos de Paris/24.
Nas redes sociais, o jovem de 19 anos agradeceu: “obrigado a todos pelas mensagens, pelo carinho e pela torcida !!!! Conseguimos o primeiro lugar 🥇 no campeonato”.
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Na etapa classificatória, no sábado, dia 8, os 27 pilotos inscritos competiram com duas voltas cada. O evento, com transmissão ao vivo pela SporTV, classificou os finalistas: Gabriel Ribeiro (SP), Mauro Junior (CE), Paulo Saçaki (PR), Cauan Madona (SP), Felipe Manerim (CE) e o argentino Gabriel Chaves, além dos locais Leandro Moreira Overall e Gustavo Oliveira Bala Loka.
A grande final, no domingo, 9, teve transmissão ao vivo pelo Esporte Espetacular, da rede Globo. A programação era de três voltas para cada piloto, mas a garoa forte impediu a finalização com a terceira rodada. Bala Loka conquistou o título da competição, e o argentino Gabriel Chaves ficou com a segunda colocação. Cauan Madona, de Taubaté, ficou com o terceiro lugar e Mauro Junior, Best Trick.
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Da terra de Carapicuíba brotam talentos e que podem se tornar olímpicos.
Na pista apelidada Caracas Trail na cidade da Grande São Paulo, Gustavo Balaloka deu as primeiras pedaladas no BMX dirt jump, modalidade praticada em rampas de terra que permitem manobras impressionantes com as pequenas bikes. Tanto que o apelido dele veio quando estava aprendendo e se arriscando. “Pulei a rampa, passei por ela, cai no chão e me machuquei. Acordei no carro do meu pai com ele jogando água em mim. Lembro do Overall falando bala, o bala louca. E ficou pra sempre”, recordou Gustavo Bala Loka, em entrevista à Globo.
Ele é da Cohab 2, periferia de Carapicuíba. E a pista é praticamente no quintal de casa. Bala Loka começou aos sete e aos hoje, aos 19 anos, é um dos melhores do país na modalidade. “Mudou a minha vida. E muito. Acho que se não tivesse a bike, não sei o que eu faria. É engraçado, foi do nada. Foi inesperado. Só subindo e conquistando as coisas”, diz.
Mesmo tendo nascido na pista de terra, Gustavo Bala Loka tem se especializado em outro terreno, de madeira, na modalidade BMX park, que esteve nos Jogos Olímpicos pela primeira vez em Tóquio, no ano passado. Mas o Brasil não conseguiu classificar representantes tanto no masculino quanto no feminino. Por isso ele já está de olho em Paris 2024.
As manobras são quase as mesmas, o que muda é a pista. Em vez de uma descida longa e contínua, como no dirt jump, no BMX park o atleta fica livre para usar as rampas e obstáculos. Modalidade muito parecida com o skate park, no qual o brasileiro Pedro Barros foi prata nas Olimpíadas de Tóquio. Hoje, Bala Loka é principal nome do país, já disputa torneios pela seleção no exterior e não quer ficar fora das próximas Olimpíadas.
“Estou treinando pra entrar nos Jogos Olímpicos. Esse ano vou pra Califórnia, vou treinar nos Estados Unidos para elevar o nível, já que no Brasil não tem centro de treinamento que me ajude a crescer no park para ir para as Olimpíadas. Estou indo treinar para crescer meu nível e chegar aos Jogos de 2024”, afirma.
Até lá, ele queria impressionar na terra onde nasceu. Conseguiu. “Eu ando pra me divertir, fazer meu melhor e seja o que Deus quiser”, finalizou.