Mais de 3,3 mil barragens espalhadas pelo Brasil serão fiscalizadas por instituições federais e estaduais. O anúncio foi dado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, na semana passada, após reunião ministerial no Palácio do Planalto sobre o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG).
Considerada de ‘médio risco’, a barragem Pirapora, localizada no trecho do rio Tietê, entre as cidades de Pirapora do Bom Jesus e Santana de Parnaíba, é uma das que serão inspecionadas com urgência. Segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), ela apresenta ‘alto potencial de causar danos’.
As barragens da Cachoeira da Graça e da Represa Pedro Beicht, localizadas em Cotia, não estão na relação das que apresentam risco. Mesmo assim, ambas foram inspecionadas pela Sabesp no final do mês passado. O resultado com a conclusão dos laudos sairá em março.
Segundo o governo, cerca de 200 barragens abrigam resíduos de mineração e, por sua vez, 70 destas são de barragens a montante (são aquelas nas quais os degraus que as compõem são feitos com o material de rejeito). São mais baratas, mas menos seguras. As barragens de Brumadinho e Mariana eram desse modelo.
Canuto ainda informou que os trabalhos começarão imediatamente por meio dos órgãos fiscalizadores, mas não há prazo para término. O ministro disse que, provavelmente, nem todos terão funcionários suficientes para a realização da tarefa, no entanto, o governo federal poderá remanejar engenheiros de outros órgãos para auxiliá-los.
Por José Rossi Neto
com informações do UOL