Dados da Vigilância Epidemiológica de Cotia mostram que dos 2.012 moradores contaminados pelo novo coronavírus, 1.799 já se recuperaram da doença, os números colocam a taxa de recuperação da Covid-19 em 89%. Em relação aos óbitos confirmados, a cidade registrou, até esta quinta-feira (9/07), 106 casos, número que aponta uma taxa de letalidade pela doença em 5%.

Apesar da alta taxa de pacientes recuperados, a Secretaria de Saúde alerta que o momento ainda exige muitos cuidados de todos: tanto do poder público com as ações de prevenção, orientação, fiscalização, entre outros, como da população, usando máscara, evitando aglomeração, higienizando correta e frequentemente as mãos, saindo de casa apenas se necessário.

Mesmo com a retomada das atividades comerciais, abertura de restaurantes, academias, entre outros (conforme previsto no Plano SP e no Plano Retoma Cotia), é necessário que os estabelecimentos respeitem as regras de funcionamento. Todas as informações sobre a flexibilização estão disponíveis em Decreto 8727/2020 (https://url.gratis/qQT4g) e Decreto 8729/2020 (https://url.gratis/o9b7q). Denúncias podem ser feitas para o telefone 4614-4767.

 

Uma família. Duas vitórias

A equipe do Centro de Combate e Referência do Coronavírus comemorou em dose dupla o clássico momento em que acompanha o paciente de alta até a porta do hospital de campanha. Isso porque, no dia 2 de julho, a servidora pública municipal, Marlene Aparecida Rodrigues, e o seu irmão, Adilson Rodrigues, deixaram juntos o local. Marlene ficou sete dias internadas com Covid-19, e o seu irmão, três.

Ela começou a sentir mal-estar no dia 22/06. No dia 25 procurou ajuda médica, fez diversos exames, inclusive tomografia, e no dia 26, ao analisar o laudo, o médico identificou complicações nos pulmões de Marlene. Nesta ocasião, o que era mal-estar e dor de cabeça, somou-se à falta de ar. Foi removida para o hospital de campanha.

Com resultado positivo para Covid-19, outra preocupação: pai idoso e irmão com comorbidades que moram na mesma casa. A família fez o exame e o irmão testou positivo.

No Centro de Combate, Marlene recebeu todo cuidado necessário, precisou de cateter de O2 por diversos dias e, quando estava completando o quarto dia de internação, seu irmão foi internado. “Meu irmão ficou assintomático, como toda comorbidade, teve um pouco de falta de ar, mas a família nem associou à doença, pois já é um dos sintomas de quem faz hemodiálise”, disse Marlene.

No hospital de campanha, ambos se submeteram às sessão com fisioterapeuta, para fortalecimento dos pulmões e, depois de um dia sem o cateter de O2 e com a respiração mais normalizada, tiveram alta. “Foi uma emoção, fiquei preocupada de ele [irmão] ter que ficar lá, não via a hora de vir embora e trazê-lo comigo. Foi muito emocionante”, descreveu Marlene.

“Todos precisam se cuidar, precisamos entender que é uma doença que a gente não conhece, alguns passam de forma branda e não têm nada, não foi o meu caso. Tive muito medo. A gente tem que redobrar os cuidados para que esta doença diminua cada vez mais, foi uma experiência muito dolorosa, mas graças a Deus estou em casa, mais perto da família e logo poderei trabalhar de novo”, concluiu Marlene que segue em isolamento em casa, bem como o seu irmão, tomando medicações, polivitamínicos e cuidando da alimentação.

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