A bela idade

Como alcançar o tão desejado envelhecimento saudável

Enfatizando a importância de se manter ativo na Terceira Idade, a Revista Circuito foi atrás de histórias reais de pessoas que ao chegarem à Melhor Idade, decidiram sacodir a poeira, dar a volta por cima e mexer o esqueleto!

São casos verdadeiros que podem inspirar nossos leitores dessa faixa etária, ou até mesmo seus filhos e netos, a incentivar cada vez mais essas pessoas cheias de vida e de histórias a manterem-se ativas e saudáveis. Não existe fórmula ideal, mas existe, sim, força de vontade, disposição e incentivo de amigos e familiares. A procura por escolas e profissionais sérios, que levem em conta o histórico dos seus alunos e se dedicam com amor e carinho a essas pessoas que já contribuíram, e muito, para a vida de todos nós, é também essencial nesse processo.

Respeitar o idoso é respeitar a nós mesmos, a nossa história de vida

Perguntamos aos entrevistados, então, por que decidiram iniciar uma atividade após completar 60 anos de vida. Qual a sensação e o sentimento de descobrir uma nova atividade, um hobby, uma paixão e se estão felizes e satisfeitos com as atividades que estão praticando.

Confira um pouco das histórias destas pessoas que foram à luta e estão se mexendo:

Ivana dos Santos Costa

62 anos

Sempre morri de medo e tinha até certo pânico de água. Estou muito feliz e empolgada em ter aprendido um esporte que antes eu achava muito difícil, quase impossível. Agora posso
dizer para todo mundo que eu sei nadar!
Ainda pretendo entrar na academia e fazer uma dança, a Zumba provavelmente, além de musculação, que os médicos cobram muito. Não podemos parar!

 

Maria de Lima Batista Brazil

69 anos

Já faz 04 anos que estou na academia praticando Kung Fu, três vezes por semana, com duração de 03 horas por aula. Eu sentia muitas dores pelo corpo, e o meu filho insistia muito para que eu viesse treinar com ele. Até que, certo dia, de tantas dores por todo o corpo, braços, joelhos, coluna, não conseguia me levantar da cama, e resolvi ir treinar com ele. Quando cheguei lá, meu filho se assustou e perguntou: “Aonde a senhora vai?” e eu respondi “Vou começar a treinar com você, e vai ser agora, hoje mesmo”. Estou muito feliz, levando uma vida saudável e sem dores, graças a Deus! As pessoas precisam se mexer mais, sair um pouco do sofá e da frente da TV e ir a uma academia se exercitar. Hoje em dia, é a coisa mais importante que eu faço na minha vida, tornou-se minha grande paixão.

Maria Helena Lourenço dos Santos Simões Aguiar

67 anos

Me aposentei há seis anos, após 32 anos de trabalho em ritmo alucinante na área jurídica bancária. Para ajudar minha filha, comecei por levar meus netos às aulas do Kumon e, de repente, senti que podia, eu mesma, aproveitar os benefícios que o Kumon proporciona a
todos os estudantes: conhecimento, disciplina, educação, respeito. Enfim, poderia ter
minhas aulas de inglês retomadas com mais tempo, primeiro para não esquecer o
que já havia aprendido, depois para aprimorar meus conhecimentos e, principalmente, para manter minha mente em atividade com disciplina
. Foi uma sensação de entusiasmo ao retomar uma agenda, dessa vez somente com atividades prazerosas: estudar, aprender, sentir-me ativa e, principalmente, ter um espaço só meu.

Janete Pariz Lorenzoni

63 anos

Sempre busco praticar novas atividades, acho que não podemos parar. Enquanto estamos vivos, temos de estar ativos, fazendo alguma coisa que nos dê prazer. Já estou a
três meses praticando violão, e estou adorando! Achando muito legal! Ainda mais contando com um professor tão bonzinho, que acha que eu levo jeito e tenho futuro, então vamos em frente. Estamos bem no comecinho, então preciso praticar, estudar e fazer os exercícios que ele me passa, senão a coisa não flui. Ainda quero viajar muito, e pretendo ir ao Ushuaia, um dos lugares que ainda me faltam conhecer, talvez até de moto, pois eu e meu marido andamos muito de Harley-Davidson.

“… O futuro pertence a quem souber libertar-se da ideia tradicional do trabalho como obrigação ou dever. A plenitude da atividade humana é alcançada somente quando nela coincidem e se acumulam, se exaltam e se mesclam, o trabalho, o estudo e o jogo; isto é, quando nós trabalhamos, aprendemos e nos divertimos, tudo ao mesmo tempo. É o que eu chamo de ócio criativo, uma situação que se tornará cada vez mais difundida no futuro. Uma parte do nosso tempo livre deve ser dedicada a nós mesmos, ao cuidado com o nosso corpo e com a nossa mente. Outra parte deve ser dedicada à família e aos amigos. Devemos dedicar uma terceira parte à coletividade, contribuindo para uma organização civil e política…” O ÓCIO CRIATIVO – DOMENICO DE MASI – SOCIÓLOGO ITALIANO

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