Depois de participações especiais em filmes e na televisão, a cantora Gaby Amaranto estreia como protagonista de cinema na comédia Serial Kelly, interpretando uma cantora de forró eletrônico que viaja pelo interior do nordeste brasileiro deixando mortes por onde passa.

Dirigido René Guerra e com Kity Féo na assistência de direção, o filme chegou aos cinemas no dia 24 de novembro. “Nasceu Serial Kelly, nosso filme nasceu”, comemorou Kity – a cineasta foi capa da Revista Circuito em agosto – nas redes sociais.

De forma ácida e transgressora, a comédia traz uma personagem feminina forte, dona de si, e senhora dos seus desejos. Empoderada, Kelly é uma estrela em ascensão, e a primeira serial killer feminina do Brasil. Dona de talento inquestionável, ela sofre no mercado de trabalho por ser mulher. Enquanto busca sua grande chance, ela começa a ser investigada pelo assassinato de três homens.

Com a fotografia vibrante de Pedro Urano, Serial Kelly apresenta um nordeste contemporâneo, cheio de energia e em constante transformação, mas também apocalíptico no limite entre a realidade e fantasia.

O filme também é marcado pela celebração da pluralidade, com um elenco composto por uma grande diversidade de atores e atrizes, apontando para todos os tipos de gênero e fugindo do padrão de beleza convencional, não-binário e cheio de glamour, com artistas que representam todas as classes populares.

O roteiro de Serial Kelly foi construído em etapas, ao longo de vários anos. “Em terra de matador, mulher que mata é serial killer”, diz a delegada, interpretada por Paula Cohen, num programa de televisão, e esse é o mote do filme que discute o peso do patriarcado no Brasil. Em 2010, juto com Caetano e Maíra Mesquita, Guerra começou a pesquisa para o longa. “Mas o filme é uma metáfora de memórias pessoais, um olhar debochado e amoral como forma de ver um Brasil tão surreal quanto dolorido”. Já a trilha, inclui ainda uma versão nacionalizada do clássico dos anos de 1970, da banda Talking Heads, Psyco Killer, além de músicas como Vai com Deus, Mestiça e Me usa.

Serial Kelly foi lançado no Brasil pela Vitrine Filmes. A produção é de Vania Catani da Bananeira Filmes, coprodução Globo Filmes, Telecine e RioFilme, órgão que integra a Secretaria de Governo e Integridade Pública da Prefeitura do Rio.

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