Trânsito, desmatamento, perturbação do sossego, crescimento urbano desordenado e falta de segurança são questões que têm tirado o sono daqueles que vivem ou circulam pela Granja Viana. Diante desse cenário desafiador, o Coletivo PanVerde, um dos pilares do TGV – Transitions Towns Granja Viana, deu início a um movimento para unir a comunidade local em torno de um desenvolvimento planejado e participativo da região.
Na manhã do último domingo (22/10), no Clube das Pitangueiras, reuniu um grupo de moradores determinado a promover mudanças positivas. O encontro marcou o primeiro passo para a criação da Associação AMAGV (Associação dos Moradores da Granja Viana) e trouxe à tona uma série de preocupações e propostas para o desenvolvimento da comunidade.
A reunião iniciou-se com apresentações individuais e uma breve introdução sobre o Coletivo PanVerde e o Movimento Transition da Granja Viana. Os participantes abordaram os desafios que enfrentam na comunidade e reconheceram a necessidade de se unirem como sociedade civil para enfrentar essas questões de forma conjunta.
Acreditando que, juntos, podem tornar a Granja Viana um lugar ainda melhor para se viver e conviver, houve consenso sobre a importância de estabelecer uma Associação para fortalecer a voz da comunidade na região, trabalhando em rede e em parceria com outras organizações, como SEAE, Preservar Itapecerica e Oca.
Outras propostas incluíram a criação de grupos de trabalho com base nos interesses dos participantes, a realização de um mapeamento detalhado das entidades, comunidades, associações e ONGs que representam os moradores, a criação de um site para o Coletivo PanVerde e a elaboração de documentação oficial para representar as queixas dos cidadãos. Também foram discutidas questões de governança, financiamento e manutenção da Associação, com sugestões de arrecadação de fundos e o uso de voluntários.
Trouxe à tona ainda a importância da comunicação transparente e enfatizou a necessidade de acompanhar e fiscalizar a distribuição e aplicação da verba municipal. Além disso, foram abordadas questões como a Lei do Silêncio, o trânsito e o projeto de mobilidade da Raposo Tavares.
A próxima reunião está prevista para ocorrer em duas semanas e a Associação AMAGV promete ser uma voz forte e unificada para a Granja Viana. “A criação dessa rede é fundamental para que possamos reunir a força necessária e realizar as mudanças que tanto almejamos na nossa região. Pretendemos agir em conjunto para enfrentar os problemas que nos afetam, como empreendimentos imobiliários desprovidos de estudos de impacto na vizinhança, questões relacionadas ao saneamento básico e infraestrutura, segurança, mobilidade, conservação da mata nativa e o manejo adequado da fauna afetada, além de fortalecer nossa presença junto às autoridades municipais por meio dos Conselhos Municipais”, explicam os membros do Coletivo.
A mobilização da comunidade é essencial para moldar o futuro da Granja Viana de maneira mais equitativa e sustentável. O convite está aberto a todos que desejam contribuir para a construção de uma região melhor e mais harmoniosa, onde os desafios que atualmente afetam a comunidade possam ser superados de forma colaborativa e eficaz.
Por Juliana Martins Machado
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