O funcionário público Vanderlei Oliveira Albuquerque, 43 anos morreu no último dia 4 por consequências de H1N1. O caso foi confirmado pela Secretaria de Saúde de Cotia. Albuquerque, trabalhava na Unidade Básica de Saúde – UBS do Portão há 15 anos e era pai do jornalista e editor do portal Cotia&Cia, Rudney Oliveira.
Rudney disse que a família ainda não foi comunicada oficialmente sobre a causa da morte pela Secretaria de Saúde. Disse ainda que seu pai, apesar de trabalhar numa unidade de saúde, ainda não havia se vacinado este ano. “A informação que tenho é de que ele havia se vacinado no último ano, porém passou mal, o que provavelmente o levou a optar por não se vacinar”, lembrou o jornalista.
Albuquerque ficou internado apenas 24 horas – das 7h da manhã do dia 3 até as 8h do dia 4, quando veio a óbito. Antes disso, porém, no dia 1º foi atendido na UPA do Atalaia, segundo Rudney, mas foi liberado com medicamentos comuns de gripe.
Até o último 25 de maio, quando foi divulgado o último boletim do Ministério da Saúde (MS) 222 pessoas já haviam morrido por consequências da gripe, das quais 26 no Estado de São Paulo (e o caso do senhor Albuquerque não consta nesta estatística uma vez que foi posterior à data).
De acordo com o MS a maior parte das mortes foram provocadas pelo subtipo A (H1N1), 148 casos, o que representa 66,6% do total de óbitos.
Sem atingir a meta de vacinar 90% do público alvo em quase todos os municípios brasileiros, o Ministério da Saúde, esticou o prazo e posteriormente, com dose sobrando liberou a vacina mesmo para as pessoas fora dos grupos prioritários.
A procura nos postos foi grande e as doses acabaram rápido em Cotia. De acordo com dados da Secretaria de Saúde, foram aplicadas 67.010 doses da vacina. A cidade atingiu 85,56% do público alvo (gestantes e puérperas, crianças de seis meses a menores de seis anos, idosos, profissionais da saúde, professores, pessoas com doenças crônicas). Outras 14.151 pessoas fora desse público foram às unidades de saúde se imunizar.
Vargem Grande Paulista imunizou 76% da população alvo, segundo informou a Prefeitura daquela cidade, o que representou 14.030 doses. Após a liberação da vacina para todos os públicos, outras 3.083 pessoas se vacinaram.
A cidade registrou dois casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave ( SRAG) notificados, que após laudo laboratorial deu resultado negativo, segundo a Secretaria de Saúde.
Barueri foi uma das poucas cidades da região que bateu a meta de vacinação antes mesmo do encerramento da Campanha Nacional. E por isso, não houve doses para vacinar o público em geral, uma vez que o Ministério da Saúde liberou a vacinação somente nos locais onde havia sobras da vacina. “Não teve sobras, o excedente foi suficiente apenas para a segunda dose exigida às crianças”, informou a Prefeitura.
No primeiro quadrimestre do ano, conforme exposto na Audiência Pública da Secretaria de Saúde no dia 30 de maio, foram registrados 11 casos suspeitos de Influenza, sendo 6 de Barueri, mas nenhum deles foi confirmado.
Carapicuíba é a única cidade da região que ainda tem vacina disponível. A campanha segue por toda essa semana, segundo nota divulgada pela Prefeitura.
Todas as unidades de saúde básica (UBS e USF) – exceto a USF Vila Dirce – estão realizando a vacinação. O atendimento acontece de segunda a sexta-feira, das 8 às 16 horas. O munícipe deve levar o cartão SUS, carteira de vacinação e cartão do pré-natal, para as mulheres grávidas.
Nota da redação:
A Revista Circuito lamenta a morte do senhor Vanderlei Albuquerque e deixa votos de pesar ao colega jornalista Rudney Oliveira e sua família.
Cotia teve uma morte confirmada por H1N1
Morte do funcionário da UBS do Portão foi confirmada pela Secretaria de Saúde. Cotia vacinou 85,56% do público alvo. Meta do Ministério da Saúde era de 90% de cobertura. Carapicuíba ainda tem vacina nos postos.