Nascida e criada em Cotia, Amanda Yamamoto é filha de uma das personalidades mais conhecidas da cidade, o professor de karatê Gilson. É atriz e bailarina e, com apenas 14 anos, protagoniza “Menarca”, curta selecionado para a Semana da Crítica, mostra paralela do Festival de Cannes, na França.

Amanda descobriu cedo a paixão pela arte. “Bem novinha, já gostava de dançar e atuar. Sempre brincava com as minhas primas de me apresentar para família”, relembra. Tudo começou com o balé, que começou a praticar, primeiro, por conta da postura e, depois, por hobby mesmo. “Desde que eu me entendo por gente, eu faço balé. Também faço caratê, jazz e hip hop”, revela. Como atriz, o papel em “Menarca” foi o primeiro da carreira artística.

Nesta produção brasileira de Lillah Halla, ela interpreta a adolescente Nanã, moradora de uma vila de pescadores que vive uma infestação de piranhas e que, junto com outra personagem, Mel, acredita que um corpo encontrado em uma rede de pesca poderá protegê-las de um ambiente violento. “A experiência foi incrível e a diretora Lillah sempre teve muito jeitinho para conversar. A equipe era muito atenciosa e me tratava com muito carinho. Lá eu também fiz amizade com a Natalie e a Amanda, que tem a mesma idade que eu. Tinham ainda os atores profissionais Micheline, Aldo Bueno e o Dinho que dava várias dicas para mim e divertia todo o elenco e a produção”, conta.

Agenciada na Tribo de Atores, Amanda estava no perfil para fazer o curta. Mas, como ela mesmo conta, já estava preparada para receber um não: “porque nessa carreira vem mais não do que sim”, explica. Depois de três fases, ela foi selecionada. “A primeira fase foi com produção e a segunda, com direção. Aí na terceira é que fui escolhida”, lembra.

Este é seu primeiro papel e a jovem já começou com chave de ouro: o curta integrará a programação online do Festival Scope Pro, entre os dias 19 e 25 de outubro. Também haverá exibições na Cinemateca Tcheca e em Nova York. “Espero que, depois que a semana de crítica da indústria cinematográfica me ver atuando, eu tenha várias outras oportunidades de trabalho e seja uma atriz reconhecida”, aposta.

Por Juliana Martins Machado

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