Edição 181: janeiro de 2015

Começar o ano com data marcada para um projeto voluntário grandioso, prestando ajuda básica a comunidades paupérrimas da África do Sul e vivenciando o dia a dia de uma das maiores favelas do país. Este foi o caminho que Mariana Fischer traçou para 2015. Em sua entrevista, indagamos sobre como ela encara a possibilidade de contrair doenças, a falta de higiene e de alimentos, mas a publicitária está segura e nem um pouco preocupada em deixar para trás sua rotina tranquila na Granja Viana. Mariana fará a diferença e mudará, sim, a vida de muitos africanos para melhor.
Na carona deste tema, voluntariado, conversamos com o presidente do Catarse, uma reconhecida plataforma digital que tem como objetivo a “vaquinha virtual”. O projeto da Mariana, Hai África, está lá, próximo de alcançar a meta de arrecadação e ajudá-la nessa façanha social. Também pesquisamos outras plataformas de financiamento coletivo.
De acordo com a pesquisa World Giving Index 2014, divulgada pelo Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (Idis), o Brasil subiu uma posição no índice mundial de doações, que abrange 135 países ao redor do globo. O país saiu da 91ª para a 90ª posição. Apesar da 90a colocação, o país apresentou uma evolução positiva. Os dados mostram que 22% dos brasileiros entrevistados afirmaram ter doado dinheiro a organizações sociais, 40% ajudaram desconhecidos e 16% fizeram algum tipo de trabalho voluntário. Estados Unidos e Mianmar compartilham o primeiro lugar no ranking. Os Estados Unidos são o único país a ranquear em números percentuais no Top 10 nos três tipos de doação. A liderança de Mianmar no ranking se deve, principalmente, a uma incidência muito alta de doações de dinheiro. Nove em cada dez pessoas em Mianmar seguem a escola Theravada de budismo, com uma forte cultura de solidariedade, o que contribui para que o país esteja na primeira posição na doação de dinheiro.
Para a presidente do Idis, Paula Fabiani, o levantamento mostra a necessidade de investir na promoção de uma cultura de doação no país. “No Brasil, sete em cada dez pessoas não fazem doações, e oito em cada dez não praticam nenhum ato de voluntariado. Os dados mostram que a doação não está apenas relacionada à questão da riqueza. Uma prova disso são os Estados Unidos e Mianmar, que permanecem empatados em primeiro lugar”, afirma.
Na América do Sul, a Venezuela é a nação menos generosa, ocupando a posição 134a, situação parecida com a do Equador, em 132º lugar. O país mais solidário do continente é o Chile, em 50º lugar na lista, seguido pela Colômbia, em 53º.
Que tal colocar na sua meta de 2015 uma ação voluntária? Podemos contar com a facilidade virtual e muita transparência na apresentação dos projetos. Pesquise e identifique aquele que te encha os olhos e invista. Vamos mudar a cultura solidária do nosso país!

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