O jogo da “Baleia Azul”, que vem se espalhando pelas redes sociais – via grupos fechados de Facebook e também pelo aplicativo WhatsApp – e consiste em uma série de desafios propostos a adolescentes, tendo como tarefa final o suicídio, será alvo de um plano de ação específico nas escolas da rede estadual de ensino em Osasco.
Como parte desse plano, a Diretoria Regional de Osasco elabora um material com informações para que esse tipo de prática possa ser identificado nas unidades de ensino. O objetivo é orientar a comunidade escolar, por meio desse material, com informações sobre o uso de jogos em redes sociais e sobre como acompanhar comportamentos novos ou estranhos entre os alunos, incluindo o excesso de atenção nas redes sociais.
As escolas receberão ainda um “documento orientador” para estimular debates e projetos que envolvam pais, alunos e professores. Além disso, os Grêmios Estudantis serão convocados para fazerem parte dessa discussão e também da identificação de hábitos que possam indicar que alguns dos alunos esteja envolvido com esse tipo de jogo.“ Essa frente pretende conduzir os jovens para uma discussão construtiva e que afaste comportamentos nocivos”, completou a Diretoria de Ensino de Osasco, por meio de nota.
Com origem na Rússia, há dois anos, o Baleia Azul pode estar ligado a quatro suicídios cometidos por adolescentes, recentemente, nos Estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Paraíba. Os casos estão sob investigação. Uma das principais ligações com o jogo é o fato do corpo dos jovens, que cometeram suicídio, apresentarem sinais de mutilação, incluindo desenhos, feitos com lâmina, na pele, de uma baleia azul, que é um dos 50 desafios propostos nos jogos. As tarefas envolvem ainda assistir filmes de terror durante a madrugada e perfurar os lábios. Tudo tem que ser fotografado e enviado ao administrador do grupo, para “comprovar” o cumprimento. Na região Oeste – e em todo o Estado de São Paulo – não há registro de suicídios ligados ao jogo. Mas, em Osasco, já foi identificado caso de prática de jogo em uma escola, que não foi divulgada. No bairro do Jaguaré, vizinho a Osasco, dois casos foram identificados por uma coordenadora de escola.