Estado aposta no enoturismo

Com o nome Rotas do Vinho de São Paulo, a ação é uma iniciativa intersecretarial para gerar desenvolvimento nas regiões paulistas que possuem vocação na produção de vinhos e que oferecem experiências turísticas

O Governo de São Paulo lançou o programa Rotas do Vinho de São Paulo, iniciativa inédita que reúne 66 vinícolas do Estado de São Paulo que oferecem experiências de enoturismo, como degustação de vinhos, visita à vinícolas, harmonização de vinhos com a gastronomia; entre outros. O objetivo do programa é fomentar o enoturismo no Estado, além de promover o desenvolvimento local e regional dos destinos e dos produtores de vinho.
Coordenada pela Casa Civil e InvestSP, a iniciativa é desenvolvida pelas secretarias de Desenvolvimento Econômico (SDE), Turismo e Viagens (Setur-SP), Agricultura e Abastecimento (SAA), Secretaria da Cultura, Economia e Indústrias Criativas. A Setur-SP mapeou cinco rotas, com 55 vinícolas, e 11 vinícolas de 10 municípios, chamadas de endoestinos, totalizando 66 vinícolas distribuídas pelo Estado de São Paulo que oferecem, além do vinho que é produzido, experiências para os visitantes e turistas.
Cada vez mais procurado pelos viajantes, o turismo de experiência está nos planos de nove em cada dez viajantes brasileiros e é a principal motivação dos turistas, de acordo com pesquisa realizada em junho deste ano pelo Sebrae e o TRVL LAB, um laboratório de inteligência de mercado em viagens.
Rotas do Vinho de São Paulo: veja quais são
As rotas são: Rota da Alta Mogiana (Ribeirão Preto e região); Rota dos Bandeirantes (São Roque e região); Rota do Circuito das Frutas (Jundiaí e região); Rota Serra dos Encontros (Espírito Santo do Pinhal e região); Rota do Alto da Mantiqueira (São Bento do Sapucaí e região).
Já os enodestinos representam um conjunto de vinícolas que não estão agrupadas em rotas, pois estão dispersas pelo estado, mas merecem destaque dada a qualidade dos seus produtos e experiências que oferecem.
Até agora, foram mapeadas 66 vinícolas (55 nas Rotas e 11 enodestinos) no programa Rotas do Vinho de São Paulo. Entre as vinícolas, estão, por exemplo, a Vinícola Villa Santa Maria, em São Bento do Sapucaí (Rota Alto da Mantiqueira), que oferece degustação guiada conduzida pelo Sommelier da casa, que conta aos visitantes os detalhes dos vinhos de forma criativa e acessível, fazendo referências a sabores já conhecidos. A Villa Santa Maria também oferece tours pela vinícola; dois espaços com pratos de alta gastronomia; e piquenique gourmet nas vinhas, com cesta de produtos personalizada pelos turistas, que podem escolher desde os vinhos com rótulos Brandina, até tábuas de queijos e frios, bruschettas e charcutaria. A vinícola ainda tem acessibilidade e é pet friendly.
Já entre os enodestinos, um destaque é a Vinícola Ferracini, em Penápolis, se consolidando como a primeira vinícola localizada na Região Noroeste do Estado de São Paulo. A vinícola oferece visitação; degustação que contempla os 5 sentidos; e a oportunidade de conhecer todas as etapas da fabricação dos vinhos, desde a vindima (colheita), passando pelo esmagamento da uva, até a filtração e engarrafamento dos vinhos.
Sobre o Rotas do Vinho de São Paulo
O programa nasceu após interlocução do Governo do Estado com o empresariado do interior paulista e produtores de vinho. A iniciativa vai contribuir para o crescimento dos municípios que compõem as rotas, assim como as cidades localizadas num raio aproximado de 50 quilômetros que poderão promover o empreendedorismo local alimentado pela cadeia produtiva do vinho. Além disso, vinícolas e outros empreendimentos relacionados poderão acessar as linhas de crédito da DesenvolveSP, agência de fomento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) para alavancar seus negócios.
Ainda, vale ressaltar que a boa fase do setor de vinhos paulistas deve-se, em parte, ao projeto “Revitalização da Vitivinicultura Paulista”, da Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo. Iniciado em 2007 e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), promove a organização das atuais rotas do vinho paulista por meio da governança entre os agentes, da instalação de cursos técnicos e do cadastro de produtores, ações que revitalizaram o setor.
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