Instituto Butantan descobre fenômeno genético

Pesquisadores do instituto descobriram que as células humanas idênticas não são uniformes durante o desenvolvimento embrionário

Estudo do Laboratório de Parasitologia do Instituto Butantan aponta que as células humanas idênticas não são uniformes durante o desenvolvimento embrionário.

A pesquisa mostra que os genes agem em proporções diferentes em cada célula durante as etapas para a maturação do embrião humano e possibilita o estudo detalhado célula a célula, o que pode futuramente facilitar a identificação de tecidos doentes no organismo e auxiliar o tratamento.

A descoberta aconteceu ao acaso, enquanto a equipe pesquisava um gene não-codificador de proteína novo em tumores de próstata. “Ao analisarmos o processo de ativação nas células deste gene, denominado por nós como HIPSTR, verificamos ação também na primeira fase de desenvolvimento embrionário”, afirma o professor Sergio Verjovski-Almeida, líder do projeto.

“Quando descobrimos que o HIPSTR é ativo somente em duas ou três células no embrião composto por oito, começamos a nos perguntar se ele se comporta da mesma maneira em outros sistemas. Em uma linhagem de células, ele estava altamente ativo em apenas três isoladas, dentro de quase uma centena analisadas, e isso refletia uma tendência geral, que encontramos para milhares de outros genes codificadores e não-codificadores de proteína conhecidos, ainda que as células fossem indistinguíveis de outra forma”, declara Dinar Yunusov, primeiro autor do artigo.

O estudo utilizou técnicas avançadas de sequenciamento e análise de células individuais, em embriões isolados, e também células-tronco e tumorais in vitro, e contou com a parceria de pesquisadores americanos.

Os próximos passos da pesquisa envolvem mostrar os mecanismos de ação do gene e daqueles que o auxiliam neste processo de diferenciação dos tecidos.

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