Já vão tarde

Agosto e setembro foram meses de muitas tensões e alegrias. Finalmente nos livramos de algumas das pragas nacionais. Primeiro foi Dilma “Golpeff”, com sua empáfia, arrogância, incompetência, seu séquito de chorões e o discurso barato do tal golpe. Deixa-nos como legado 12 milhões de desempregados, inflação de 10% ao ano, milhares de placas de “vende-se/aluga-se”, um Estado propinocrata, uma economia destroçada e uma nação sem esperança. Deixa-nos um clima de “nós x eles”, muita tensão social e um incentivo ao quebra-quebra para os seus poucos seguidores. Já foi tarde! Seus novos vizinhos em Porto Alegre que se cuidem. Pode ser que ela queira ser síndica no prédio que vai morar. Não vai dar certo! Outra praga que nos livramos: Cunha! Esse usou de todas as artimanhas possíveis para não largar o osso, aliás, um filé-mignon. Perdeu, playboy! Ele e sua arregalada Cláudia Cruz terão que explicar o inexplicável. Já foi tarde! Ainda é pouco, mas é um bom começo. Para ficar ótimo, faltam muitos. A lista é grande. Renan “Encrecalheiros” tem onze processos no STF, alguns com 10 anos de embromação, mais vai surfando na rede de interesses que move a política. No Congresso mais de 200 deputados e senadores estão na fila. Um dia a casa cai, ou melhor, desaba. Salvam-se poucos. Mas falta o principal. Pegar o chefão dessa turma toda. Quem será ele? Tchã tchã tchã tchã! Quando escrevo essas mal traçadas linhas, o principal suspeito está prestes a ser descoberto. O cara é um bagre ensaboado. Ninguém pega. Antes ele protagonizou o estilo teflon. Lembram-se? Nada grudava nele. Ele nunca sabia de nada, se dizia traído pelos “cumpanheiros”, entregava seus fiéis colaboradores e saía sempre ileso. Agora, a cada acusação, chora, se vitimiza, esperneia e continua solto. Alguém que está lendo esse artigo, já teve o desprazer de ter um processo na justiça? Contra ou a favor, não importa. O fato é que você jamais se dirige ao juiz, nunca o vê, não sabe o nome dele, tem que acatar calado as decisões, sejam elas justas ou não, e não pode reclamar no caso de perder a causa. Ninguém lhe dará ouvidos, por mais que tenha razão. Sem contar que devemos ter o maior respeito pelas autoridades e corte. Só seu advogado pode se expressar e você só sabe do andamento do processo pelos autos. Há, ou pelo menos havia um pensamento geral, que as decisões da justiça não se discutem, cumprem-se, certo? Errado! Seus problemas acabaram! Temos uma nova modalidade de defesa, inaugurada pelo suspeito de ser o chefão da propinocracia, e de comandar o mensalão e o petrolão, o dono do “típrex”, do sítio e dos 14 contêineres retirados do Palácio do Planalto, e cujo armazenamento é pago por uma construtora implicada no petrolão. Ele xinga, desacata e desanda a denegrir as autoridades do Ministério Público, manda recados grosseiros em discursos através de rede nacional, faz acusações inverídicas, ameaça e processa juízes, consegue tumultuar e adiar as decisões dos procuradores, agride verbalmente a Justiça, provoca a categoria e humilha as instituições. Em breve ele vai desafiar a ONU e o papa. E fica o dito pelo não dito. Quero os mesmos direitos. Por que só ele tem essa prerrogativa? É um caso único no Brasil e talvez no mundo. Até quando o tal suspeito vai desafiar a todos e a tudo?

Você já descobriu de quem estou falando? Quem é o suspeito chefão? Aqui vai uma dica. Ele tirou milhões da pobreza! De fato! Ele tirou muita coisa dos pobres

Por Marcos Sá, consultor de mídia impressa, com especialização em jornais, na Universidade de Stanford, Califórnia, EUA. Atualmente é diretor de Novos Negócios do Grupo RAC de Campinas.

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