O que te motivou a seguir a carreira profissional que escolheu?

Quando eu era criança, dois dos meus ídolos eram o Clark Kent e Peter Parker, ou seja, o Super-Homem e o Homem Aranha, respectivamente.

Infelizmente não consegui adquirir super-poderes para salvar o planeta, mas por mais ridículo que seja, ambos me inspiraram a ingressar na área do jornalismo.

Dos motivos mais simples – como o meu -, aos mais interessantes, as pessoas tem diferentes insights para tomarem decisões que norteará suas vidas profissionais pelo resto de sua vida.

Para saber mais sobre isso, entrevistamos profissionais de diferentes áreas e perguntamos “Qual foi o fator decisivo (o que te inspirou)para seguir na profissão que desempenha atualmente?”.

Confira abaixo as respostas:

Renata Prado, 42, graduada em gestão de RH, analista de DP/RH

“Auto-conhecimento e maturidade sobre minha afinidade com a área, resultados de pesquisas sobre o campo de atuação profissional e a oportunidade certa no momento certo. Este conjunto de coisas me fizeram escolher e decidir investir na área. Sinto-me feliz, reconhecida e realizadahoje.”

Widson Moreno Siscar, 33 anos, publicitário, Sócio da Imagenou e responsável por toda parte Digital da agência

“Sempre tive muita facilidade com a comunicação, mas fazer publicidade não foi minha primeira opção. Fiz faculdade de Administração em São Caetano do Sul e pouco depois, fui morar em Bauru. Voltei para São Paulo e resolvi que precisava fazer o que realmente gostava, então me formei em Publicidade e Propaganda.  Meu irmão foi uma grande inspiração pra mim.Gostava de ver a maneira como ele trabalhava e como trabalhava com gosto. Afaculdade de ADM me ensinou muitas coisas que utilizo até hoje, mas acomunicação foi o grande prazer da minha vida. Me especializei em marketing digital, pois enxerguei na internet a possibilidade de crescimento.”

Renata Portugal, 28, jornalista

“Desde adolescente preferia a área de humanas. Então, quando terminei o ensino médio desejei trabalhar com algo que contribuísse para o diaa dia da população. Após estudar algumas profissionais, conversando com pessoas que já estavam no mercado de trabalho e lendo guias de profissões, decidi investir no jornalismo e trabalhar a favor da cidadania – visando sempre o bem da população.”

Alexander George Whyte Gailey, 49, bacharel em Direito, Securitário e Administração de Empresas, atualmente educador e administrador

“O fator decisivo para ingressar nas áreas que atuo hoje foram meus filhos. Atuando , educando e principalmente participando de cada passo da formação de cada uma deles. Depois de 32 anos morando e trabalhando na Capital , desiludi da formação ética e dos valores das pessoas, assim visualizei que educando e principalmente repassando valores éticos e morais às crianças, poderia contribuir para que no futuro, estas crianças como adultos,poderão fazer alguma diferença”.

Thais Bellotto, 21, cursando o último semestre de Relações Públicas na USP, hoje atuo como estagiária na área de assessoria de imprensa

“Frente ao público e me fazer entender. Conheci o curso de Relações Públicas em uma feira para estudantes e me encantei logo de cara. Aos 17 anos, sabia que seria bastante feliz seguindo essa direção. Trabalhar com assessoria é a consolidação daquilo que eu sempre gostei de fazer: estar com pessoas. Tenho a oportunidade de representar clientes, conversar com jornalistas e estar envolvida em praticamente todos os processos comunicacionais dentro da agência.”

Carolina Muniz Pina, 25, jornalista

“A escolha pelo jornalismo não foi primária na minha vida (também estudo para ser atriz). Mas, o que me encanta na profissão e me faz atuar foi quando eu percebi que posso ser jornalista, mas não preciso ser repórter. Talvez soe um pouco complicado, mas eu sou apaixonada por histórias eme colocando como repórter isso me limita internamente. Gosto de ouvir as pessoas, e a antítese da história é que não gosto muito de interagir com elas.Prefiro que elas me mostrem. Exemplo, na revista que escrevo, sobre prótese dentária, tem uma seção chamada Gente da Prótese, em que as pessoas mostram o outro lado, além do trabalho. E elas se sentem à vontade para falar sobre o que gostam e o que fazem de diferente, como viajar o mundo de carro, são músicos, dançarinos, artistas plásticos.”

Eliane Luisa Dias de Carvalho, 49, formada em Cozinha –Pâtisserie – Queijos e Vinhos pela  Le Cordon Bleu Paris e Proprietária do Brie Restô

“Eu precisava ser feliz. Tinha uma profissão bem sucedida, antes atuava como administradora de empresas, mas não me sentia realizada. Acho que nunca é tarde para dar um olé e mudar de rumo. Quem faz o que gosta não se cansa.”

Karen Gimenez, formação em Jornalismo e em Geografia, especialização em Gestão do Terceiro setor e MBA em Estratégia. Certificação como Master Coach, PNL Master e Coach em Inteligência financeira

“Foram dois fatores: o momento (contexto e oportunidade) e a possibilidade de efetivamente contribuir com o desenvolvimento das pessoas. A escolha das profissões não se dá mais como antigamente. Essa mudança deve-se a diversos fatores que vão desde opções até uma profunda transformação que o homem passa hoje em relação a seu trabalho. Até há algumas décadas, a havia poucas escolhas e poucas possibilidades de formação (cursos e preço). Além de a meta ser trabalhar em uma grande empresa pelo maior tempo possível. Gostar do trabalho era um adicional. Hoje o número  de cursos universitários é gigantesco, os preços bem mais acessíveis e a educação chega – remotamente -até os lugares mais distantes.  Trabalhar muitos anos em uma grande organização já não é o sonho de todos. O trabalho precisa fazer sentido e o profissional atém de técnico precisa ser gestor também tanto da sua carreira quanto do seu trabalho. São necessários conhecimentos comportamentais, de planejamento e gestão para qualquer atividade. Trabalhar precisa agora fazer sentido e o formato já não é mais o mesmo. Diante disso, vemos cada vez mais pessoas mudando de profissão no meio do caminho e muitos jovens começando várias faculdades e mudando até chegar a algo que realmente esteja ligado com a sua razão de viver. A escolha tradicional – bem como muitos testes vocacionais -começam a perder o lugar para algo mais amplo. É um sistema que precisa ser inventado e alinhado à nova concepção de mundo.”

Rosita Canovas, 51, nutricionista Funcional, esteticista e proprietária do Studio da Rosa

“Como nutricionista a inspiração foi que eu gostava de comer saudável e minha família não. A alimentação que eu gostava era diferente do gosto deles e então minha mãe já estava angustiada e um dia me disse exatamente essas palavras: ‘Você deveria estudar Nutrição!’. Mas meu sonho era ser aeromoça, até que fui viajar de avião e não gostei da profissão. Então fui estudar Nutrição. O incrível é que no começo da minha carreira eu trabalhei como nutricionista de Catering aéreo em Cumbica. Forças do Destino! Também estudei estética facial e corporal. A inspiração ao escolher esta profissão éporque me causa muita alegria pessoal e quero passar este sentimento adiante. É gostoso proporcionar bem estar para mim e para  as pessoas.”

Jorge de Araújo Bernardo Neto, 20 anos, cursando licenciatura em Física pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFRJ) e produtor audiovisual

“Lidar com público e de fato uma das coisas mais complexas que já trabalhei. Porém não entenda isso de forma negativa, pelo contrário, sempre fui o tipo de pessoa que gostava de desafios. Minha inspiração para seguir o ramo de produção audiovisual veio depois que conheci outros personagens da área que já haviam á algum tempo iniciado sua caminhada. Dou exemplo de alguns que me identifico: FunkyBlackCat(Guilherme Hoffmann), Made in Brazil (Alex Costa) eMxDeegan (Erick). Admiro o esforço e a facilidade por conseguir expor bem os pensamentos, saciando assim qualquer tipo de curiosidade referente ao tema abordado no momento. Está certo que estamos falando de vídeo de jogos, mas quando paramos para analisar melhor, conseguimos enxergar de alguma forma todo aquele conhecimento que foi aprendido para torna aquele conteúdo interessante. Acredito que a força motriz do sucesso e ser inusitado e persistente. Já me deparei diversas vezes com situações que havia me dedicado e nada parecia mudar (Erro meu sertão desacreditado). E como fui incentivado por produtores como já citados, faço hoje vídeo de jogos aleatórios, com o intuito de prender o público, afim com que eles se interessam por acompanhar os próximos. E para isso dedico boas horas de estudo para melhorias de dicção e conhecimento prévio sobre o assunto. Acredito também, que nunca existiu uma formula do sucesso (Pelo menos, não na área que trabalho) nem muito menos o caminho mais fácil. Tudo e mero trabalho e persistência.”

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