Sustentabilidade e administração urbana são foco de audiência na Alesp sobre a ‘Nova Raposo’

Projeto de autoria do Executivo pretende melhorar o tráfego na Raposo Tavares e diminuir o contingente de acidentes na via

O projeto “Lote Nova Raposo”, proposto pelo Governo do Estado, foi tema de Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo na última quarta-feira (15). Os desafios ambientais e a viabilidade da medida foram debatidos por especialistas convidados, juntamente com a deputada solicitante do evento, Monica Seixas do Movimento Pretas (Psol), e a população presente.

As discordâncias ao projeto giram, principalmente, em torno do impacto ambiental gerado pelas obras de expansão. Além disso, participantes da sociedade civil tecem críticas ao modelo de pedágios dentro da área urbana apresentado no projeto.

Segundo o Governo do Estado, o objetivo da proposta é melhorar o tráfego local e intercidades da Grande São Paulo, com soluções voltadas para resolver os gargalos no trecho urbano da Raposo Tavares, priorizando a segurança e reduzindo os acidentes rodoviários na região do Butantã, na Capital, além da otimização do fluxo em Alto de Pinheiros.

Preservação climática

Analisando o atual momento de tragédia climática, vivenciado no Sul do País, a deputada Monica Seixas alertou a população para os perigos do descuido com o meio ambiente.

“A gente está em um momento de discutir a renaturalização das cidades e o que foi apresentado até agora sobre o projeto vai na contramão de qualquer movimento de preservação climática. A gente precisa mudar isso para entregar uma melhor qualidade de vida à população”, comentou.

Pedágios

Sobre as mudanças administrativas na rodovia, o diretor da Associação dos Moradores Amigos do Parque da Previdência, Sérgio Reze, discursou a respeito das dificuldades financeiras geradas pelas implementações apresentadas no projeto.

“Essas mudanças pretendem colocar seis pedágios entre Cotia e São Paulo e isso vai, por exemplo, encarecer muito o custo de vida de quem vai para São Paulo todo dia trabalhar”, exemplificou o morador da região, salientando as dificuldades de transporte que seriam atribuídas à população local que, segundo o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representava 274.413 pessoas.

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