Entrevistados ao longo dos 23 anos

Em abril, comemoramos 23 anos de dedicação e comprometimento em trazer conteúdo de qualidade para nossos leitores. Com uma abordagem moderna e inovadora, a Circuito se mantém como uma referência em jornalismo regional, acompanhando as mudanças e transformações do nosso entorno ao longo dos anos, dando voz e visibilidade à nossa comunidade.

Em todos estes anos, nossa equipe esteve em busca de pautas e à caça de tesouros escondidos pelas ruas do bairro. E ficávamos – e continuamos, é claro – sempre empolgados ao descobrir que somos vizinhos de pessoas com histórias de conteúdo e sucesso.

Graças a esse trabalho árduo de pesquisa, a cada edição, trouxemos um novo personagem para estrelar nossa capa, priorizando sua relação com a Granja Viana. Pessoas que desembarcaram por aqui para fincar suas raízes. A confiança em nosso trabalho permitiu que entrássemos no refúgio de muitas personalidades, trazendo um pouco do seu estilo de vida e, mais importante, reafirmando a identidade do nosso bairro como um lugar especial para se viver.

Seguimos rumo à nossa terceira década de vida, sempre com o compromisso em valorizar ainda mais a diversidade cultural, social e econômica da região.

Erick Jacquin é um dos chefs que aprovam ou reprovam “as pitadas” dos cozinheiros
amadores. Embora não more na Granja Viana, ele foi sócio de um granjeiro e cogitou realizar seu casamento por aqui. Durante anos, Jacquin assinou a coluna de gastronomia da Revista Circuito e sempre nos recebeu, com muito amor e carinho, em seu restaurante. Estampou nossa capa pela primeira vez em dezembro de 2006, bem antes do MasterChef Brasil, que estrearia só 8 anos depois. Em junho de 2015, já um rostinho conhecido nacionalmente, ele foi capa mais uma vez: desta vez, destacamos que Jacquin era o “temperô” que faltava na televisão brasileira e que ajudava a democratizar a alta gastronomia. De lá para cá, sua personalidade forte e exigente o tornou um ícone da
culinária e uma referência para muitos que desejam seguir carreira na gastronomia.

Larissa Manoela acabava de completar 18 anos, quando recebeu nossa equipe. Em um
bate-papo descontraído, a artista contou como estava sua vida como uma mulher maior de idade, falou da carreira, família, relação com a Granja Viana e planos futuros – na época, ainda se especulava a respeito da sua possível ida para o TV Globo. Quatro anos depois, ela estreou como protagonista na última novela das 6 e saltou da modalidade em que trabalhava por obra para figurar no quadro fixo da emissora carioca. A maré alta de Larissa, que recentemente ficou noiva do ator André Luiz Frambach, é embalada ainda por uma profícua carreira publicitária.

A produção nacional de filmes de animação digital vinha crescendo e, assim, aguçando o desafio de muitos profissionais do ramo de se lançar neste mercado. Era o caso de Ale McHaddo, que apostou nesta demanda e colocou em prática o sonho de projetar seu trabalho nas salas de cinema do Brasil. Uma tarefa complexa quando o duelo era com as grandes produtoras norte-americanas e a verba bem reduzida. Era 2017, quando contou para a Circuito sobre o início de uma divertida história chamada BugiGangue no Espaço, primeiro longa-metragem de animação infantil em 3D do Brasil. De lá para cá, muitos outros trabalhos rolaram nos cinemas e no cartunismo infantil, mas a maior mudança foi sua transição de gênero. Hoje, uma mulher trans, Alê usa os termos adequação e plenitude quando fala sobre o assunto.

A cantora Negra Li foi a mãe homenageada da edição de maio de 2010. Na época, ela abriu as portas da sua casa e também do seu coração: desmitificou a maternidade e apresentou as mudanças provocadas com a chegada da pequena Sofia. Em 2019, mãe de mais um filho, Negra Li nos recebeu novamente em sua casa na Granja Viana. Em quase dez anos de diferença entre uma entrevista e outra, percebemos seu crescimento. Uma Negra Li mais madura, mais segura e mais livre para falar de suas origens, seus principais
conflitos (mulher, negra e da periferia) e sua essência política. Em 2023, enquanto prepara o quinto álbum de estúdio, ela celebra o fato de, pela primeira vez, ter a voz propagada diariamente na abertura de Vai na fé, exibida pela TV Globo.

Quando completamos 18 anos, para coroar a vivacidade juvenil, conversamos com Caio Castro, que juntamente com dois amigos – um deles o também granjeiro João Possos -, embarcou em uma aventura instigante, daquelas que nos fazem sentir muito frio na barriga, preenchendo a alma com momentos inesquecíveis. Eles estavam percorrendo o mundo a bordo de um motorhome. Foi uma entrevista para inspirar todos os que possuem a vontade de levar a vida com mais leveza e seguindo os seus sonhos. Hoje, além de ator, Caio Castro se aventura também nas pistas de automobilismo.

Felipe Titto nasceu em Cotia e, embora sua carreira o tenha projetado para longe por algum tempo, é por aqui que encontra suas referências familiares e grandes amigos de infância. Em 2014, o granjeiro abriu o coração para falar de si, mostrando que, para um ser humano ser plenamente feliz, deve se jogar no mundo e sair da zona de conforto. De um salário baixo no início de carreira, a realidade agora é diferente. Aos 36 anos, o ator, apresentador, influenciador e empresário está na lista dos milionários brasileiros. E ousa mais: pretende atingir US$ 50 milhões (cerca de R$ 265 milhões) de fortuna. Com sua determinação, logo logo chega lá.

No seu Instagram, a definição: jornalista especialista em cidadania digital e defensora da liberdade de expressão. Mas ela vai além. Madeleine Lasko já acumulou mais de 25 anos de carreira profissional e pode ser considerada uma das principais especialistas do jornalismo político atualmente. Tem uma coluna no Uol e na Gazeta do Povo e é uma das maiores youtubers brasileiras. Lança, neste mês, o livro Cancelando o Cancelamento, em que aborda assuntos densos, mas necessários para os dias atuais, baseados em suas experiências e pesquisas em cidadania digital. Mora na Granja Viana há mais de uma década e foi nossa capa em maio de 2017.

Leonardo Picon era uma estrela em ascensão neste caminho traçado pela iGeneration (nascidos após a primeira metade dos anos 1990). Em 2018, ele esteve em nossa redação para revelar curiosidades deste mundo que permeia entre o digital e o real. Um dos maiores exemplos, e talvez o mais granjeiro de todos, do sucesso dos influenciadores e youtubers, um sujeito que opina, veste, frequenta, viaja e leva junto internautas que curtem seu perfil e assistem a seus canais em busca de atitude, bom humor, gente famosa na intimidade e no estilo. Muito estilo. Pinta as unhas, transforma o cabelo, usa brinco, tatuagem e mistura terno preto com tênis branco. Sua audiência responde com milhões de likes e deixa no chinelo a maioria dos galãs da televisão. Na época, com 21 anos, superava os 2 milhões e meio de seguidores no Instagram. Hoje, já são mais de 5 milhões.

Andrew Parsons cresceu na Granja e a vida seguia, de vento em popa, até que a família perdeu a estabilidade financeira e teve de se mudar para Niterói, Rio de Janeiro. No ônibus, a caminho de casa, Andrew levava, embaixo do braço, o resultado da sua conquista, apesar das adversidades, um currículo com formação em Jornalismo da universidade federal. Resolveu descer antes do seu destino para saber de uma possível vaga no Comitê Paralímpico Brasileiro. Passaram-se anos e o estagiário tornou-se presidente, levantando uma causa outrora vivenciada por ele: a da superação, apesar das deficiências, sejam elas emocionais, financeiras ou físicas. Em julho de 2016, época das Olimpíadas, apresentamos sua trajetória e como revolucionou o esporte paralímpico, transformando o Brasil em uma potência mundial.

O longa Estômago chegou às mãos da equipe em março de 2015, por meio de Carlo Briani, garoto-propaganda da Bauducco e um dos atores do filme, que foi nossa capa na época. A obra ainda era desconhecida da redação e navegou pela casa dos integrantes da equipe, gerando opiniões que se convergiam e se igualavam. Ficamos curiosos para saber quem era o vizinho granjeiro responsável pela peripécia de dirigir um longa audacioso, que não só ficou queridinho no Brasil, mas em outros países do mundo. Assim, o cineasta Marcos Jorge foi o entrevistado da última edição de 2015. Sentamos à mesa de sua casa na Granja Viana, com ele e sua esposa Cláudia, parceira de trabalho, para conhecer um pouco dos bastidores do cinema no Brasil. Oito anos depois, outras produções cinematográficas e documentários para TV, ele se prepara para lançar a continuação de Estômago.

Quando descobrimos que Walcyr Carrasco havia adquirido uma casa na Granja Viana e começara um projeto de reforma do imóvel, mantivemos contato com seus assessores aguardando o momento em que o autor nos receberia em seu novo lar, para uma entrevista exclusiva. Foram longos 24 meses de espera, mas valeu a pena. Aos poucos, fomos desvendando Walcyr e conhecendo sua intimidade. Deixou escapar detalhes de tramas, riu, mostrou os livros, falou de si e da profissão, questionou o jornalismo e revelou o porquê escolheu retornar à Granja Viana. Na época, ele se preparava para estrear Dona do Pedaço, assim como agora está prestes a lançar mais uma novela, Terra e Paixão.

Em dois agradáveis encontros, foi possível conhecer mais do mundo diferente que Lawrence Wahba escolheu para si: ficar cara a cara com os animais mais incríveis do planeta e capturar, seja em terra ou na água, imagens que revelam a importância de preservá-los. Já dirigiu ou produziu 17 documentários, 80 episódios para séries documentais e mais de 600 matérias para canais como National Geographic, NatGeo Wild, Discovery Channel, Animal Planet, Rede Globo, entre outros. Onze anos depois daquela entrevista, Lawrence foi premiado diversas vezes, entre eles o Emmy Internacional de Melhor Documentário e, mais recentemente, o Mérito de Sustentabilidade por Jaguaretê-Avá: Pantanal em Chamas.

Artigo anteriorCarapicuiba recebe Batalha de Assadores
Próximo artigoCotia abre inscrições para castração de cães e gatos que acontece nos dias 6 e 7/05