Já não basta apenas ter um produto de qualidade e um atendimento de excelência para que uma empresa alcance o tão almejado sucesso. Isso passou a ser condição sine qua non para qualquer marca. Da loja de bairro às marcas globais, qualidade de produto, de atendimento e preço justo são essenciais para sobreviver. Se essa equação estiver solucionada, o negócio já tem 10% do caminho percorrido.
Sim, só 10%! Porque, como disse, isso virou commodity. Os outros 90% passam por itens como logística, sustentabilidade, ponto de venda, promoção, comunicação, marketing, branding e por aí vai… Um dos maiores desafios da atualidade é, sem dúvida, chamar atenção do chamado público-alvo. Em qualquer segmento, o objetivo é o mesmo: vender mais.
Com a presença cada vez maior na vida dos consumidores e com muita influência do meio digital, o marketing se tornou uma ferramenta essencial para qualquer marca. Prova disso é a pesquisa realizada pela PwC em 2015, que revelou que 77% dos brasileiros são influenciados pelas redes sociais na hora de decidir uma compra. Isso mesmo, a maioria absoluta da população só compra um produto se tiver algum contato anterior (e digital) com a marca.
A transformação da comunicação como um todo abriu portas ao marketing digital, onde o imediatismo fala mais alto. Mas, engana-se quem acha que a estratégia se resume à presença da empresa nas redes sociais. Para funcionar, a comunicação deve ser feita de forma estruturada, direta e atingir o consumidor no momento certo. O conjunto de atividades envolve o desenvolvimento de identidade, do tom de voz, do mood da marca e o principal: relacionamento adequado com o público.
Além disso, devem ser utilizadas estratégias em SEO (Search Engine Optimization), que têm como objetivo melhorar a posição da empresa nas buscas orgânicas do Google e em outros sites. Não podemos esquecer também do Inbound Marketing, que visa atrair o público por meio de conteúdo (o chamado Branded Content), reunindo interessados em serviços, tendências ou produtos e distribuindo informações em portais, blogs, e-mail marketing e outros canais.
O marketing digital auxilia não só na construção de uma reputação, mas no aumento da audiência on-line. E o investimento nesse meio cresce mais de 30% anualmente no Brasil, segundo o Interactive Advertising Bureau (IAB). Diferente do marketing tradicional, o retorno sobre investimentos no mundo digital se dá com mais facilidade, pelo fato de ser mensurável, com métricas mais simples e claras.
Com investimentos menores que os feitos em campanhas publicitárias tradicionais, é possível promover produtos, serviços e empresas, principalmente de pequeno e médio portes, que, via de regra, não conseguiriam relevância.
Enquanto na forma tradicional estudamos os 4Ps (produto, preço, praça e promoção), no marketing digital as estratégias contemplam muito mais Ps. Seguindo uma ordem, começamos pela pesquisa, passamos pelo planejamento, pesquisa (das histórias das marcas e produtos), produção, publicação, promoção, propaganda, personalização e precisão. E os resultados? Eles vêm de forma maximizada e, como dito anteriormente, de maneira mais assertiva.
Mesmo com todos os recursos a nossa disposição, é preciso pensar sempre além e tentar incorporar novas formas de otimizar o marketing digital. Um exemplo? Já estão sendo estudados e aplicados o uso de inteligência virtual na comunicação, assim como a Siri, da Apple, e a Alexa, da Amazon – uma forma de inovar com o uso de muita tecnologia.
O resumo de tudo isso seria apenas reforçar o papel estratégico do marketing e como ele deve ser amplamente utilizado. Afinal, seja online ou de maneira tradicional, garantir uma boa comunicação dentro e fora da empresa é o caminho certo para se tornar referência na área de atuação, conquistando o mercado e atraindo cada vez mais novos clientes. E, por fim, vendendo e lucrando mais. Afinal, lucro não é pecado!
Claudio Stringari, vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil – Seção Paraná (ADVB-PR) e sócio da Central Press.