Um alerta da médica Jaqueline Scholz, coordenadora da Área de Cardiologia do Programa de Tratamento ao Tabagismo do Incor. “Os níveis de nicotina contidos em cigarros eletrônicos podem ser tão altos quanto os dos cigarros comuns”.
Lançado em 2003 por uma empresa chinesa, o cigarro eletrônico tem caído no gosto popular em vários países, principalmente entre os jovens, seja como alternativa ao cigarro comum, banido de lugares públicos e escritórios, ou como forma de um potencial redução de danos do tabagismo.
O crescente consumo do produto lança um sinal de alerta na saúde pública, já que praticamente não existem pesquisas científicas no mundo que comprovem a eficácia do produto e, mais importante, seu efeitos deletérios para a saúde.
O alerta torna-se ainda mais sério, na medida em que pouco se sabe sobre a composição do produto, uma vez que sua venda no Brasil não é permitida.
“Existe a suspeita de que a concentração de nicotina indicada pelo fabricante não seja fidedigna, pois não ocorre a devida fiscalização”, alerta a médica.