Como evitar o efeito sanfona

Nutricionista diz que é possível manter o peso ideal com saúde e qualidade de vida sem recorrer a dietas da moda excessivamente restritivas

A base para a saúde e a qualidade de vida está no equilíbrio, no bom senso e na alimentação saudável. Quem deseja controlar o peso e evitar o efeito sanfona precisa criar estratégias duradouras, reaprender a comer e mudar hábitos. Para que o “Projeto Verão” dê certo, ele precisa começar no inverno e se tornar permanente.

Dietas da moda, excessivamente restritivas, mirabolantes ou “milagrosas” são as grandes responsáveis pelo efeito sanfona e podem comprometer a saúde. A Sociedade Brasileira para o Estudo de Obesidade e Síndrome Metabólica alerta: o efeito sanfona tem duas causas principais.

O primeiro fator para o insucesso no controle do peso está na escolha do método. Dietas radicais são difíceis de manter a longo prazo e ativam o modo sobrevivência do organismo.

Com a escassez de comida, o corpo estoca gordura, dificultando o processo de emagrecimento. Ao fim da dieta, a pessoa volta a ingerir calorias em excesso e engorda novamente. Outro fator para o insucesso no controle de peso é encarar o exercício físico como um castigo ou punição.

A nutricionista Maria Fernanda Koch Temporal ensina que o segredo para o emagrecimento saudável e duradouro está na reeducação alimentar e na mudança de hábitos. “As dietas da moda trazem um falso resultado positivo, muitas vezes proporcionando às pessoas o emagrecimento esperado, mas comprometendo a saúde.”

Mestre em Alimentação e Nutrição, ela diz que a maioria das dietas da moda restringe de forma significativa a ingestão de um ou mais grupos de alimentos essenciais para a obtenção dos nutrientes que vão garantir o bom funcionamento do organismo.

Alimentos frescos e regionais
De acordo com a professora do curso de Nutrição e coordenadora da área de Saúde do UniCuritiba – instituição que integra a Ânima Educação – não existe uma dieta ideal e aplicável a todas as pessoas. “Devemos ter um olhar individual que leve em consideração as características de cada um, seus hábitos, sua condição de saúde e o meio em que a pessoa está inserida”, explica Maria Fernanda.

A melhor alternativa é adotar uma alimentação saudável e equilibrada, que tenha como base a ingestão de alimentos in natura e disponíveis em cada região, conforme preconiza o Guia Alimentar para a População Brasileira.

Alimentação e longevidade
Quem deseja emagrecer ou manter o peso pensando em qualidade de vida, saúde e longevidade deve recorrer a um cardápio com todos os grupos alimentares, preferencialmente alimentos naturais e frescos.

“A ingestão de macro e micronutrientes de forma equilibrada e a prática de atividades físicas regulares proporcionam o equilíbrio entre o corpo e a mente. Essa é a regra que vale para todos”, ensina a nutricionista, lembrando que diabéticos e pessoas intolerantes ou alérgicas a determinados alimentos devem receber orientação especializada.

Outra regra universal para quem busca saúde, qualidade de vida e bem-estar, seja no verão ou em qualquer estação do ano, é evitar alimentos ultraprocessados, industrializados, embutidos, produtos ricos em sódio, açúcar e conservantes, refrigerantes, doces e bebidas alcoólicas.

Atividade física e alimentação saudável, com frutas in natura, legumes, verduras, proteínas e carboidratos em equilíbrio são a “dieta da moda” perfeita para quem tem um projeto de vida saudável e quer colocar fim ao efeito sanfona.

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