Idealizado e criado pela atriz Denise Fraga, o produtor José Maria e o diretor Luiz Villaça, Eu de Você mostra histórias reais, costuradas com pérolas da literatura, música, imagens e poesia. “Que seria de nós sem os poetas? E o que seria deles sem a vida comum? É dessa mistura que surge a ideia de nosso Eu de Você. O que tem em comum a Cris, o Paulo Leminski e o Zezé di Camargo? Tchekhov, eu e Francisco? Pelo que a avó do Felipe estava chorando enquanto os Beatles compunham mais uma canção? O que fará o Wagner quando ouvir o que Chico Buarque fez com o seu também coração partido? Costumo dizer que a arte ajuda a gente a viver, que quem lê Dostoievski e Fernando Pessoa, no mínimo, vai sofrer mais bonito. Porque sofrerá com companhia, sofrerá com a cumplicidade dos poetas. Entenderá que fazemos parte de algo maior, que pertencemos à roda da humanidade, seus dilemas eternos e sua fatídica imperfeição”, ressalta Denise Fraga.
No espetáculo, o humor cotidiano leva o público a rir das situações corriqueiras. A gargalhada costuma ser uma arma poderosa que consegue ampliar a consciência, a sabedoria e trazer uma reflexão. Embora seja um solo, a atriz estará acompanhada de personagens inspirados em histórias reais: Fátima, Bruno, Clarice, Wagner, além de diversos artistas de grande reconhecimento, tecendo um bordado de vida e arte. Não há melhor espelho do que o outro. Sabemos quem somos a partir do que reverberamos. É urgente ver o outro, olhar pelo olhar do outro, ser eu de você. O que seria de nós se pudéssemos ser eu de você e você de mim, deixando-nos ambos atravessar por nossas experiências? Esta é a temática do novo espetáculo de Denise Fraga, Eu de Você, que estreou em setembro de 2019 no Theatro São Pedro, em Porto Alegre, cumpriu temporada em São Paulo, Belo Horizonte e Campinas e teve a turnê interrompida pela pandemia da COVID-19. Em 2022 o espetáculo retomou sua turnê e foi realizado em 14 cidades do país, entre elas Brasília, Curitiba e Rio de Janeiro.
Eu de Você conta com o cineasta, roteirista, criador e diretor Luiz Villaça. A diretora de arte Simone Mina, multiartista, professora, figurinista, artista plástica, cenógrafa, premiada por importantes parcerias na cena teatral também faz parte deste time que tem ainda Rafael Gomes, criador, roteirista, dramaturgo, diretor de teatro e de cinema, responsável por montagens teatrais de reconhecimento nacional e a pesquisadora, encenadora e pedagoga no campo da dança e do teatro Kenia Dias que desenvolve trabalhos com a corporalidade, teatralidade e composição como diretrizes, com o foco nas dinâmicas do movimento e suas relações com a improvisação. Para completar o quadro de profissionais das artes, Fernanda Maia, musicista, diretora musical, extraordinária na composição de vozes para diversos espetáculos.
A empresa NIA TEATRO, de Denise Fraga, há mais de dez anos apresenta espetáculos em periferias até em grandes centros urbanos. Neste período, foram mais de 700 mil espectadores, o que revela a força do teatro no país.
“O desafio deste espetáculo é o de ressignificar nossa obra nesses tempos de pandemia, voltar a promover os encontros, com afeto e segurança. Contando histórias reais, rompendo a fronteira entre palco e plateia, fato e ficção, pedaços de vida embalados pela arte, pretendendo ampliar o nosso Teatro para uma real experiência de empatia” – conclui Denise, que canta mais de 10 canções do espetáculo, entre elas: O Cordão (Chico Buarque), Suspicious Minds (Elvis Presley) e Yolanda (Chico Buarque e Pablo Milanez).
EU DE VOCÊ
Datas: até 01 de outubro
Sextas às 21h, sábados às 20h;
Domingos, às 17h
Local: Teatro Tuca
Endereço: Rua Monte Alegre, 1024.Perdizes São Paulo (SP)
Capacidade: 672 lugares
Duração: 90 minutos
Classificação: 12 anos
Ingressos:
Sexta-feira – R$60 (inteira) R$30 (meia-entrada)
Sábado e domingo – R$100 (inteira) R$50 (meia-entrada)
Vendas: https://bileto.sympla.com.br/event/81175/d/185546/s/1255695
Relembrando
Na edição comemorativa de 20 anos da Revista Circuito, Denise Fraga foi a nossa capa, compartilhando sua paixão pelo ritual da narração de histórias, falou de seus erros e acertos da maternidade que a transformaram num ser escrevente, das “brigas de mãos dadas” que nutrem a relação amorosa de quase três décadas com o marido, sobre o processo de envelhecimento e, acima de tudo, sobre a arte como um caminho que lembra que o viver não é bolinho para ninguém, mas que a vida é bela. Nascida no Rio de Janeiro, ela escolheu se mudar para São Paulo em 1994. “A Granja entrou com a vontade de ter um lugar de fim de semana. Tivemos primeiro um sítio, mas como trabalhamos muito uma hora o vendemos e achamos uma casa na Granja, onde tenho pés de frutas, galinhas – não as matamos, são para ter ovo. Tem uns coelhinhos, de quando os meninos eram pequenos, cachorro, tartaruga. A Granja nos supre desta necessidade de estar na natureza”, confidenciou em entrevista.