Por Mônica Krausz

Pequenino, esbelto e com longos cabelos loiros, ele faz o tipo Pequeno Príncipe, do livro de Antoine de Saint-Exupéry, alíás, um de seus livros preferidos. No dia a dia, Dudu Fuchs Júnior frequenta a escola, como toda criança – já vai para o 3º ano -, joga videogame, torce pelo palmeiras, brinca com diversos bonecos e jogos, gosta de ler e… treina, treina muito Karatê, seu esporte preferido. Os treinos acontecem de três a quatro vezes por semana, por cerca de duas horas,  na academia, e todos os dias em casa.
No tatame de Karatê, esporte que este ano entra para as modalidades olímpicas nas Olimpíadas de Tóquio, nosso Pequeno Príncipe cotiano brilha em categorias que ainda nem teria idade para participar já que começou a competir desde os 4 anos – as categorias mais jovens iniciam a partir de 6 anos. Hoje, prestes a completar 8 anos, em seu quarto, já exibe um quadro cheinho de medalhas, mais de 60, inclusive internacionais.

Aluno direto do conceituado Mestre Gilson Nunes, da Associação Muguen Kan, de Cotia, Dudu fechou 2019 com grandes conquistas para ele e claro, para Cotia, cidade que representa como atleta e da qual recebe apoio: foi Campeão Paulista Kata 2019 pela Federação Paulista de Karatê (FPK), na categoria 6/7 ano, foi Campeão Kata no Mundialito ShinShukan, na Argentina, categoria 6/7 anos (para onde foi com um time de mais de 96 atletas da Seleção Brasileira de Karatê; Campeão Kobu Do (caminho das armas antigas de Okinawa), no Mundialito SinshuKan, categoria 9 anos, na Argentina; 3º lugar no Campeonato Brasileiro da Confederação Brasileira de Karatê; é Bi-Campeão Brasileiro Kata ShinShuKan, Bi-Campeão Brasileiro Kobu Do ShinShukan.
Quer mais? Ele representa a Secretaria de Esportes de Cotia nas competições, já recebe bolsa atleta e, em 2019 conquistou 24 pódios em 24 campeonatos dos quais participou, sendo: 17 medalhas de ouro, 2 medalhas de Prata e 5 medalhas de Bronze.
No dia 14 de março, estará com o elenco de atletas cotianos de Karatê recebendo a visita de dois mestres que virão do Japão para ministrar uma aula para alunos de todo o Brasil no templo Zulai, às 10hs, e outra no Ginásio de Esportes de Cotia, às 15 horas. Na oportunidade também se apresentará para os mestres japoneses, o que promete ser um momento inesquecível.

“Ele é um menino muito dedicado, que se esforça bastante nos treinos, treina em casa também, participa de vários campeonatos e sobe ao pódio na maioria deles pelo mérito dele mesmo. Além disso, ele é um bom aluno também na escola o que demonstra sua responsabilidade e seu emprenho na vida”, elogia Mestre Gilson.

O professor ainda destaca o apoio da família, do pai, da mãe e da irmã que estão sempre com ele. “Eles participam dos eventos da academia com o Dudu, o pai e a irmã mais velha também treinam Karatê para incentivá-lo ou seja é uma família muito bem estruturada e que lhe dá muito suporte”, destaca o professor.

Dudu diz que gosta do Karatê porque é um esporte competitivo e que faz bem para o corpo. “Desde que comecei a praticar fiquei bem mais forte”, garante o atleta. Além do Karatê ele também pratica o Kobu Do, que utiliza armas antigas de Okinawa.  “Enquanto o Karatê é o caminho das mãos vazias, o Kobu Do é uma vertente do Karatê, que luta com armas como o Bo, um bastão, com o nunchaku e o tonfa”, explica o pai, também Eduardo Fuchs.  No Kobu Do as categorias competitivas iniciam aos 9 anos de idade e mesmo assim o Dudu se destaca sem ter a idade mínima”, conta. 
E não tem risco da criança se machucar ou machucar o adversário? “Não, porque no Kobu Do eu não luto com adversário, eu só faço o Kata, que é uma apresentação de demonstração”, explica o menino. O que conta pontos é a perfeição de seus golpes. Quanto mais perfeito, melhor sua pontuação. Já no Karatê, além das apresentações de Kata (luta imaginária com golpes de ataque e defesa), também tem lutas com adversários. Nesse caso, os atletas usam proteções nos pés, nas canelas, nas mãos, no tórax e na boca.
Dudu garante que nunca usou golpes de karatê fora dos tatames. “O Karatê é uma arte de defesa e só deve ser usada para se defender de um ataque físico”, explica o menino. “Se eu for ofendido com palavras, posso me defender com palavras apenas, golpes de Karatê são só para defesa de ataques físicos”, explica.

Dudu com o mestre Gilson

Mais informações:

Associação Muguen Kan – Karatê educacional
https://muguenkan.webnode.com.br/
Rua Exacta, 92 – Jd. Leonor, Cotia, SP.
Tel. 4616-5136 com Prof.  Gilson

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