Embarcamos nesta viagem para Galápagos sem muitas opções. O turismo no arquipélago é bem controlado.

É proibido visitar as ilhas do parque por conta própria, e mesmo quem chega na região em seus próprios veleiros precisa ancorar nas marinas e visitar as ilhas através de embarcações turísticas oficiais.

É totalmente compreensível, pois esta é a forma de manter o habitat marinho, flora e faunas locais preservados.

As embarcações são, então, divididas nos diferentes roteiros pelo arquipélago. Consequentemente os locais de visitação estão, sempre, relativamente vazios, com uma ou outra embarcação também aportada visitando a mesma ilha.

Antes de chegarmos a Galápagos passamos dois dias em Quito que é uma típica cidade andina da América do Sul.

De lá voamos até Baltra, onde está o aeroporto, que é uma ilhota ao lado da maior ilha do arquipélago; Santa Cruz.

A empresa responsável pela nossa viagem nos recebeu no aeroporto e dirigimos até Las Bachas, praia onde estava nos aguardando nossa embarcação “Guantanamera”.

Os itinerários são mais ou menos padronizados nas diferentes agências de turismo, variando basicamente o número de dias que se quer passar navegando pela região.

Optamos por este itinerário que se encaixava no número de dias que tínhamos disponível.

Foram 4 noites visitando:

– Isla Plaza

– Santa Fé

– Espanola

– Floreana

– Porto Ayora na ilha de Santa Cruz

Nos juntamos a um grupo de 14 pessoas das várias partes do mundo.

Guantanamera é uma embarcação confortável com uma cabine pequena e bem simples. A alimentação era básica e gostosa feita em conjunto, num pequeno refeitório, onde tínhamos oportunidade de conversar com os outros viajantes.

Todas as noites juntávamo-nos no deck superior onde o guia anunciava os passeios a serem feitos no dia seguinte e as espécies animais que encontraríamos.

Foi uma viagem estupenda!

Cheia de natureza por todos os lados, o tempo todo. Nos sentimos, da forma mais respeitosa possível, invasores daquele espaço totalmente selvagem.

Vimos leões marinhos, tartarugas de terra e aquaticas, albatrozes, flamingos, uma infinita quantidade de iguanas marinhas e aratus vermelhos.

Ficamos horas observando o cormorão levando presentes, como conchas, algas marinhas, pedrinhas etc e depositando no pé da fêmea com o intuito de conquistá-la para o acasalamento.

E um cem outro número de espécies marinhas e terrestres que o guia ia apontando na medida que apareciam.

Seguem algumas fotos, que falam por si só, e alguns outros detalhes do que encontramos por lá.

Islas plazas, logo de saída, de um areia branquinha contrastando com o azul turquesa do mar e o negro de formações vulcânicas.

Ilha de Santa Fé que tem uma espécies própria de cactos e uma quantidade incrível de iguanas marinhas.

Os passeios pelas ilhas eram feitos em longos hikings ou mergulhos.

A água é gelada sendo mandatório o uso de roupas de neoprene.

Este é o leão marinho que tivemos a sorte de assistir o parto…

A ilha Espanola tem uma colônia gigantesca de leões marinhos e ninhos de albatrozes e caminhamos por um bom tempo, passando por paisagens de tirar o fôlego .

A ilha seguinte foi Floreana.

Fizemos um mergulho tenso e intenso, pois o mar batia muito, nesta formação conhecida como Coroa do Diabo.

 Visitamos outros pontos como, o Mirante da Baronesa, a Ponta Cormorant e Post Office onde baleeiros do sec XVII, que estavam de passagem, usavam para se comunicar de maneira informal com seus países de origem.

Retornamos então ao Porto Ayora na Ilha de Santa Cruz.

Visitamos a Estação Científica Charles Darwin e conhecemos o tão famoso “Lonely George” que era o último representante de sua espécie proveniente da Ilha Pinta, mas que morreu, já muito idoso, alguns anos atrás.

Finalmente voltamos para nossa casa.

Muito satisfeitos com esta, que para nós, foi uma grande aventura.


Debora Patlajan Marcolin, médica, 62 anos, muito curiosa com relação a diversidade cultural do nosso planeta. Viajo desde que me conheço por gente e tudo me atrai. Desde a minha vizinhança pobre de Carapicuiba até as cerimonias fúnebres de Tana Toraja na Indonésia, passando por paraísos naturais como o pantanal mato-grossense e deserto do Jalapão. Já conheci por volta de 75 países e não paro de projetar novos destinos. Entendo que para se viajar é preciso estar de peito aberto e abandonar todo tipo de preconcepção, que com certeza, a viagem vai te provocar profundas mudanças internas e gosto pela vida. Autora do blog A Minha Viagem.

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