A professora aposentada Mônika Oelkerf, de 76 anos, começou a apresentar sintomas de reação à vacina de febre amarela no dia seguinte à visita ao posto de saúde Dr. Darcy Bandeira, em Ibiúna, feita em 8 de janeiro.
Com muito cansaço, febre, fraqueza e falta de apetite, ela foi levada a um pronto-socorro, onde recebeu soro. Seu quadro não melhorou e ela foi levada ao Hospital do Servidor, em São Paulo. Internada no dia 14 de janeiro, Mônika teve de ser entubada no dia seguinte e morreu no dia 16.
O laudo da morte da aposentada lista, entre os diagnósticos, hemorragia pulmonar, hepatite aguda, icterícia febril e febre hemorrágica, sintomas da doença viscerotrópica aguda (DVA), uma reação à vacina em que o paciente desenvolve um quadro semelhante ao da doença até dez dias após ser imunizado. Além disso, ela sofria de obesidade, arteriosclerose, diabetes e hipertensão.
A vacina contra febre amarela é considerada altamente segura e, atualmente, é recomendada para quem tem entre nove meses – ou seis, em áreas consideradas de alto risco – e 59 anos de idade. Acima dessa faixa etária, o paciente deve se consultar com um médico para avaliar o estado do sistema imunológico e se o risco de contágio é alto ou não antes de se vacinar.
Estima-se que ocorra um caso de DVA para cada 400 mil doses aplicadas. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em matéria publicada pela BBC Brasil, o risco de reação adversa é maior para quem tem acima de 70 anos, como era o caso de Mônika. Diabéticos e hipertensos como a aposentada não têm contraindicação para a vacina desde que estejam com os níveis de glicemia e pressão controlados.