Não é só de piruetas e gracejos que vive uma trupe circense. A busca pela inspiração é constante, assim como a necessidade de reinvenção – interna e da própria arte.
Com esse propósito na bagagem, Montanha, Du Circo e Cafi, da trupe Namakaca, partem em busca de ideias para um novo espetáculo, deixando para trás suas famílias, o conforto e a comodidade que o sucesso local trouxe. Acompanhados por Guga, uma espécie de mentor que se acopla ao grupo, eles se encontram com alguns dos mais representativos artistas circenses da atualidade, vivendo a rotina diária de treinamento e das performances ao vivo. Superam traumas, ganham hematomas, perdem a carteira. Caem do cavalo, levantam uma lona. Brigam – muito – e se entendem também. Dão muitas risadas e choram de rir. Juntos, vivem a maior jornada de suas vidas.
Minha Vida É Um Circo narra essa insólita aventura. E propõe uma inversão de ponto de vista ao expor os bastidores do maior espetáculo da terra. Ao mesmo tempo em que revela todo o deslumbramento que a arte circense oferece, mostra também um estilo de vida encantador e profundamente conectado com questões contemporâneas como o propósito do trabalho, a conexão com o corpo, o trabalho colaborativo e o desapego material.
A série, produzida pela bigBonsai, com direção de Felipe Briso e distribuição exclusiva pela HBO Latin America, mostra a cada episódio um país diferente, sua cultura circense e importantes artistas, tudo sob uma perspectiva leve, descontraída e divertida. “A gente viajou por muitos lugares e conheceu muita gente legal. Mas o maior espetáculo era sempre o estilo de vida e a energia dessas pessoas”, comenta Felipe. “O circo é muito mais do que a lona, mesmo porque o circo sempre esteve em muitos lugares. E hoje, mais do que nunca, vemos o circo nas ruas, em palcos, eventos, no cinema, na TV.”
Na Holanda, nossa trupe descobre a diversidade da maior convenção de malabarismo do mundo. Na Espanha, visita o Circo Raluy, um dos mais antigos circos familiares em atividade na Europa. A França é o palco das acrobacias aéreas ao ar livre em performances radicais dos Flying Frenchies. No México, a trupe conhece os desafios do circo tradicional Athayde que reinventa sua identidade após a proibição do uso de animais nos espetáculos. Nos EUA, Las Vegas é a meca do circo e Maine é o celeiro da arte minimalista do palhaço Avner The Eccentric. O circo social é representado pelo peruano La Tarumba. E a arte de rua é o ganha pão do palhaço anarquista Chacovatchi na Argentina.
Os episódios de Minha Vida é um Circo estão sendo exibidos pelo canal Cinemax, às segundas, às 18h e reprise às 20h.
Quem é Quem
Montanha, O Falastrão
O mundo ficou mais seguro no dia em que André Carvalho largou a Engenharia Química para se tornar artista circense, aproveitando o seu dom natural de comunicação. É conhecido como palhaço Montanha, mas também é ator, músico e malabarista. Tão falastrão que é, já atuou em uma ópera no Theatro Municipal, em um longa-metragem do Luís Villaça, em um musical do Ivaldo Bertazzo, e até na Rádio 89 ao lado de Marco Bianchi.
Cafi Otta, O Equilibrista
Especialista em técnicas de equilíbrio, além de excelente malabarista, monociclista, e também palhaço. Já trabalhou com os principais grupos de circo no Brasil, completou 3 maratonas de monociclo e foi o primeiro brasileiro a ganhar medalha nessa modalidade.
Du Circo, O Professor
Envolvido e apaixonado pela arte milenar circense, já participou de incontáveis convenções internacionais de circo, tonando-se referência no malabarismo nacional. Trabalha como professor em várias instituições e atua como palhaço no Doutores da Alegria desde 2006.
Guga, O Acrobata (e “quarto elemento”)
Especialista em cama elástica, barra fixa, báscula, trapézio de vôos e principalmente “cascadas” (a arte de iludir com tombos e quedas fantásticas). Radicado na Espanha, já levou suas palhaçadas para mais de 20 países, tendo atuado inclusive no “Palhaços sem Fronteiras”. É o irmão mais velho de Montanha e atua como um “guru mal-humorado e exigente” para ajudar a trupe nessa jornada de reinvenção.
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