Em decorrência, segundo eles, das várias multas que vem sendo aplicadas pela Polícia Rodoviária ao longo da rodovia Raposo Tavares, motociclistas preparam uma manifestação para o dia de hoje (21/02), na Rodovia Raposo Tavares. “Não temos o intuito de prejudicar a população de nenhuma forma, apenas queremos levar à luz dos fatos o que vem acontecendo”, explicou o Movimento Motociclistas da Raposo Tavares.
O ato está previsto para acontecer pela manhã e no final do dia. Ao contrário das manifestações anteriores, desta vez não haverá bloqueios. Eles deverão percorrer a rodovia em fila atrás dos carros, conforme determina a recomendação sobre a proibição de circularem nos corredores. “Não iremos bloquear o acesso à rodovia ou prejudicar o tráfego de nenhum usuário com barreiras ou interdições, queremos garantir o nosso direito de ir e vir, logo não iremos interferir no direito dos demais usuários da via”, esclarecem.
O protesto, de acordo com eles, tem objetivo de mostrar para a população que, se for para seguir essa recomendação, o trânsito deverá piorar, além do risco de acidentes graves.
“Querem nos obrigar a andar atrás dos carros, ônibus e caminhões alegando ser uma medida para reduzir o número de acidentes, entretanto não foi observado que ao obrigar uma motocicleta a trafegar entre veículos maiores, você expõe o motociclista a riscos sérios, devido engavetamentos, freadas bruscas, diminuição da visibilidade da via, exposição prolongada aos gases do escape dos veículos, entre outros. Queremos que isso acabe, que seja criada uma regulamentação para o tráfego de motocicletas nos corredores nas rodovias estaduais. Como informamos, as autoridades nos penalizam prejudicando diariamente nosso trabalho e restringindo nosso direito de ir e vir exigindo que trafeguemos entre veículos maiores. Em nosso ato iremos percorrer a rodovia em fila atrás dos carros, em velocidade reduzida conforme eles exigem, vamos mostrar todos o quanto isso será prejudicial a todos os usuários, esteja você de carro, moto, caminhão ou ônibus. Esperamos que nos compreendam e pedimos o seu apoio nessa luta. Somos pais de família querendo levar o sustento para nossas famílias”, escreveram em nota.
Por Juliana Martins Machado