Não é de hoje que moradores da região vem enfrentando transtornos com invasões de quatis às suas residências. Os bichos entram nos imóveis em bando, deixando para trás muitos estragos, sujeira e, em alguns casos, inclusive, atacando animais domésticos e pessoas.
Casos recentes no residencial Fazendinha reacenderam o alerta para a presença destes animais silvestres e as associações tem feito um trabalho de conscientização entre os moradores. Não alimentá-los, para evitar esses comportamentos invasivos, é o principal dele.
Ver essa foto no Instagram
A bióloga Blanche Sousa Levenhagen explica que quatis são animais que, normalmente,
não apresentam comportamento agressivo e só atacam quando se sentem acuados: “o problema é quando o limite deles é ultrapassado. Se um é ameaçado, os demais entram em conflito, geralmente por disputa de alimentos”.
Ela aponta o desmatamento como principal causa para sua presença em ambientes urbanos. “São muitas razões e a principal é que estamos invadindo seu espaço. Com a mudança do uso do solo e florestas sendo desmatadas, os animais ficam ilhados, já que tudo ficou fragmentado. E é uma questão de oportunidade. Diferentemente de outros animais, o quati é domiciliável e, uma vez que encontra oferta de alimentos, entende que aquilo é dele e sempre vai voltar. Ele é inteligente e territorialista”, esclarece.
Por isso, para prevenir sua presença, é aconselhável evitar deixar alimentos, incluindo ração de animais, em áreas externas, armazenando-os dentro das residências em embalagens fechadas e guardando-os nos armários. Descartar resíduos orgânicos em recipientes apropriados, lacrados e elevados do chão também é recomendado. Além disso, é importante evitar o contato direto com a alimentação dos animais, já que isso pode provocar reações de defesa por parte deles. Por fim, é fundamental respeitar e protegê-los, não os maltratando ou caçando, uma vez que tal ato constitui crime.
Por Juliana Martins Machado