Desde o ano de 2013, o número de investimentos realizados por brasileiros fora do país tem ganhado cada vez mais corpo, e segundo uma pesquisa realizada pelo Banco Central, denominada Capitais Brasileiros no Exterior o estoque de ativos brasileiros no exterior cresceu 9,99% em 2013 na comparação com 2012, atingindo a marca de US$ 391,57 bilhões.
Estes números são resultados de fundos de investimento e o investimento direto, como por exemplo, a compra de imóveis.
Desde que começou a corrida pela cadeira máxima do poder executivo, a presidência do Brasil, esta fuga de capital do país tem se mostrado constante, por causa da incerteza e atual estagnação maquiada da economia nacional.
“Todo momento que antecede uma eleição, principalmente essa, que tem uma carga extra de insegurança econômica, política e social, faz com que todo brasileiro fique desesperado e busque um porto seguro”, diz Rogério Santos, diretor da RealtON, representante de vendas do maior incorporador norte americano aqui no Brasil, chamado Related.
Para o diretor, o mercado de imóveis nos EUA vem passando por uma recuperação de valorização, e é um grande chamariz para investimentos. Principalmente no que diz respeito à recuperação da economia americana e à própria valorização desses imóveis. No Brasil há uma possibilidade de estabilidade, enquanto lá, há perspectiva de valorização.
“O imóvel mais procurado tem dupla ocupação, em geral voltado para turismo: a pessoa usa quando está na cidade e pode alugar quando não estiver utilizando. Há, também, uma procura grande por imóveis semelhantes aos de moradia no Brasil, uma espécie de plano B: se tudo der errado, já tenho para onde ir”, diz Rogério.
Soraia Fonseca, diretora da empresa Sua Casa em Orlando, que representa um escritório com uma carteira de 125 imóveis em Orlando cidade localizada no estado norte-americano da Flórida, concorda e já interage com o crescente interesse de brasileiros por imóveis nos Estados Unidos.
“Nos últimos 30 dias a procura de brasileiro por imóveis em Orlando, nos Estados Unidos, cresceu cerca de 30%”, diz Soraia Fonseca, diretora da empresa Sua Casa em Orlando, que representa um escritório com uma carteira de 125 imóveis na cidade localizada no estado norte-americano da Flórida.
A própria diretora vendeu seus estabelecimentos comerciais no Brasil e comprou dois imóveis em Orlando para alugá-los.
Rogério diz que uma das coisas bem interessantes nesse aumento do interesse das pessoas por imóveis em Miami, é o testemunho que muitos fazem de que estão escolhendo Miami por ser uma cidade litorânea e de clima muito semelhante ao Brasil.
“O que acontece é uma fuga da insegurança das praias, desde o trajeto à própria praia, como é o caso de arrastões. E ainda a questão do transporte. As pessoas chegam a levar, de São Paulo, principalmente em feriados, de 3 a 4, 5 horas para chegar ao litoral norte do estado. Se eu vou levar esse tempo no carro, porque não ficar um pouco mais em viagem e aproveitar uma praia em Miami, ou até mesmo comprar um carro para passear lá, com leasing de 3% de juros ao anos, por exemplo. Miami tem se tornado um paraíso para quem quer ter qualidade de vida e posses melhores do que aqui, pelo custo de vida ser bem inferior às grandes metrópoles brasileiras”, afirma o diretor.
Soraia concorda e diz que muitos clientes compram residências na Flórida por conta da segurança que o local oferece.
“Seja para locar ou comprar, os clientes estão em busca de conforto e segurança, e como os imóveis são localizados em condomínios fechados, o quesito segurança ainda é potencializado”, afirma a diretora.
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