O deputado federal e granjeiro Alexandre Frota foi um dos nomes da equipe de transição para o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O anúncio foi feito pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, nesta terça-feira (22).
A função da equipe de Cultura na transição é apresentar um diagnóstico da área da cultura e mostrar diretrizes do que pode ser feito em relação à pasta na nova gestão. E contribuir para o “debate sobre o orçamento da área para 2023 e a identificação de projetos importantes”, como escreveu nas redes sociais Jandira Feghali.
“Agradeço o convite do vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, e da Gleisi Hoffmann para fazer parte da equipe da Cultura na transição. Pronto para ajudar a equipe toda. Já conversei com Juca Ferreira. Vamos trabalhar e ajudar a Cultura”, tuitou o parlamentar.
Agradeço o convite do Vice PR eleito @geraldoalckmin e da @gleisi para fazer parte da equipe da Cultura na transição. Pronto p ajudar a equipe toda. Já conversei com @jucaferreira . Vamos trabalhar e ajudar a Cultura. 🇧🇷
— Frota 77🇧🇷💙 (@77_frota) November 22, 2022
No entanto, dois dias depois, Frota declinou o convite e utilizou as redes sociais para explicar o motivo de sua decisão. Segundo o deputado, desde que o anúncio foi feito, ele passou a ser alvo de ataques. “Fala pessoal, tenho visto os ataques covardes e preconceituosos que eu tenho recebido por ter sido convidado para a transição na Cultura, ataques inclusive à minha família vem de uma ala da esquerda sapatênis do Leblon. O preconceito está na transição que fala em um país plural. O preconceito está na cabeça deles que falam da diversidade, de oportunidades pra todos, de respeito as diferenças, sem julgamentos (não é bem assim). Como estou de boa e não quero problemas, vou ficar com minha família e declinar do convite. Obrigado”, escreveu no Twitter.
Frota aproveitou a rede social para enumerar as ações que fez para a cultura enquanto Deputado Federal: “tenho vários projetos sou coautor da Aldir Blanc e da Paulo Gustavo, estive lá sempre ajudando. Todas as vezes que fui chamado para defender a cultura, eu estava lá, votando por eles, criando projetos, discutindo e defendendo em plenário (…) “.
Fala pessoal,tenho visto os ataques covardes e preconceituosos que eu tenho recebido por ter sido convidado para a transição na Cultura,ataques inclusive a minha família vem de uma ala da esquerda sapatênis do Leblon. O Preconceito está na Transição que fala em um País Plural
— Frota 77🇧🇷💙 (@77_frota) November 24, 2022
Com a desistência de Alexandre Frota, o grupo de transição voltado à Cultura será composto pelos deputados Benedita da Silva (PT), Jandira Feghali (PCdoB), Marcelo Calero (PSD) e Túlio Gadelha (Rede). Integrarão ainda o grupo artistas como a atriz Lucélia Santos, a cantora Margareth Menezes e o músico e poeta Antônio Marinho, além do secretário nacional de Cultura do PT, Márcio Tavares.
Por Juliana Martins Machado
Matéria publicada em 23 de novembro e atualizada em 25 de novembro
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