Nesta quarta-feira, morreu o escritor, crítico literário e professor Alfredo Bosi, aos 84 anos, devido à Covid-19. A informação foi confirmada pela Companhia das Letras, editora na qual publicou livros como “Dialética da Colonização”, de 1992, e “Brás Cubas em Três Versões: Estudos Machadianos”, de 2006.
Bosi se consagrou como um dos maiores críticos literários do país. Nascido em São Paulo e de descendência italiana, ele se formou em letras pela USP (Universidade de São Paulo) e, após estudar na Itália por dois anos, passou a dar aulas de língua e literatura italiana na instituição. Em 1997, se tornou diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP, onde foi editor da revista Estudos Avançados de 1989 a 2019.
Moradores da Granja Viana, ele e a esposa Ecléa Bosi (foto), falecida em julho de 2017, foram inspiração de muitas lutas empreendidas para a preservação da nossa região. Sensíveis às transformações urbanas, participaram ativamente do Movimento em Defesa da Granja Viana e tentaram, por vezes, impedir a verticalização do entorno. Eram sempre vistos passeando, de mãos dadas, pelas ruas da Granja Viana. Em novembro de 2017, em nossas páginas, trouxemos à memória sua esposa, Ecléa Bosi, que considerava o “enraizamento”, em um espaço ou em uma comunidade, um direito humano fundamental. E em vídeo, o historiador Marcos Roberto Bueno Martinez lê a carta que a granjeira Ecléa Bosia escreveu, contando um pedaço da História da Igreja e falando carinhosamente dos moradores antigos e velhos amigos.
Na década de 80, Padre José e
moradores da Granja (Laura,
Mary, Siqueira, Peter Jong,
Alfredo e Ecléa) em visita de dom
Paulo Evaristo ao bairro
Ecléa e Alfredo
visitando o Nei, pouco
antes do restaurante
fechar as portas
Família: a esposa Ecléa e seus filhos
Viviana e José Alfredo