Volta ao mundo pela gastronomia

O “veludo vermelho” dos Estados Unidos

Aquele bolo avermelhado, com massa e recheio suaves, caiu de vez no nosso gosto. Mas, afinal, de onde veio essa receita? O “red velvet” é de origem norte-americana, um bolo típico dos Estados Unidos, especialmente da região Sul daquele país, e seu nome foi dado devido à sua textura e cor, que dão a impressão de que o bolo é realmente feito de um luxuoso e lindo veludo vermelho. A receita tornou-se extremamente conhecida durante a Segunda Grande Guerra. Segundo consta, com o racionamento de alimento, os confeiteiros foram obrigados a usar a criatividade e passaram a fazer o bolo com beterraba, que, além de muito comum nos Estados Unidos, é rica em ferro e açúcares, e claro, dá o tom natural avermelhado. Logo, fez sucesso e o chef do famoso hotel Waldorf-Astoria, em Nova York, se aproveitou e criou uma versão gourmet muito elogiada e disputada. Ficou com vontade de provar essa delícia? Não se preocupe! Você não precisa ir até os States… A Doceria Fantasias prepara um Red Velvet de comer rezando, bem nos moldes do bolo tradicional americano e adaptado ao paladar brasileiro. Leva recheio de ganache branco e delipaste de frutas vermelhas. Ali perto do centro de Cotia… Aproveite a ida até lá e saboreie, também, os deliciosos salgados preparados igualmente com carinho e ingredientes criteriosamente selecionados.
Red Velvet: R$ 87 o quilo
Doceria Fantasias – Avenida Professor Manoel José Pedroso, 79 – Parque Bahia – Cotia (SP)
4703-2324 / www.doceriafantasias.com.br


À moda de Tóquio

Antigamente acreditava-se que as crianças que tinham menos de 7 anos eram filhas de Deus, e não filhas do Homem, e por isso poderiam ser “levadas” para o céu a qualquer momento. Assim, com o intuito de proteger a saúde dessas crianças, preparava-se um arroz misturado com vários ingredientes nutritivos, o que originou o Chirashizushi. Dependendo da região do Japão, o Chirashi poderá receber outras denominações, tendo variações nos ingredientes. Em Tóquio, é conhecido como Edomae chirashi; em Osaka e Quioto, Barazushi; e na província de Ehime é servido o Tai (pargo) no soborozushi. Por aqui, no Noriyuki Sushi Bar, é chamado de Tirashizushi. Não importa o nome, é um prato único e completo, porque agrada pela versatilidade de peixes e frutos do mar. Combina uma porção de arroz de sushi (Shari) disposta no fundo de uma tigela sobreposta de peixes da estação, polvo, camarão, ovas de ikura (ovas de salmão), ovas de masago (capelim) e Tsukemono (conserva japonesa). A variedade de ingredientes lhe empresta um visual colorido, composto de tons de vermelho, branco, rosa e amarelo, que lembra um campo florido. Pode ser harmonizado com Sake Hakushika Jun Mai ou Taisetsu. E no inverno, com Atsukan (sake quente). Bem à moda de Tóquio. Bem à moda japonesa.
Mini Tirashizushi: R$ 70
Noriyuki Sushi Bar – Av. São Camilo, 980 – Espaço Granjardim
4551-4063 / www.noriyukisushibar.com


Ode à culinária brasileira

A costela é uma das carnes que reinam nos almoços dominicais do Brasil. Você sabia que, antigamente, ela era o único corte de carne em churrasco? De uns tempos para cá, outros tipos foram sendo introduzidos… E vamos combinar: costela é uma delícia. Saborosa e suculenta, derrete na boca e tem um sabor inigualável. Nos pampas gaúchos, é tradição assá-la no chão. Mas pela praticidade e tempo de preparo, uma nova técnica foi desenvolvida: embalá-la com celofane. Assada “no bafo”, retém os sucos da carne e proporciona uma extrema maciez. E o bar Do Leme ao Pontal traz para a Granja Viana esta iguaria tipicamente brasileira, recheada com bacon, cenoura e cebola, acompanhada por arroz e batatas, preparados e temperados de forma especial, cujo segredo o chef da casa não revela. Degustar esta bela Costela no Bafo é uma opção incrível para o almoço de domingo, perfeita para ser saboreada com calma, para que todos os seus sabores e texturas sejam percebidos e apreciados. Uma verdadeira ode à tradicional culinária brasileira.
Costela recheada no bafo: R$ 99,90 (serve até 2 pessoas)
Boteco Carioca Do Leme ao Pontal – Av. Estácio de Sá, 1891 – São Paulo II
4702-4525 / www.bardolemeaopontal.com.br


Rota asiática

A culinária asiática é muito rica em sabor, textura e combinações, onde nenhum ingrediente sobressai, mas se complementa. Nesta cozinha, é possível criar combinações exóticas com toques especiais de temperos, molhos e ervas. Uma opção perfeita para quem provar o mix de sabores desta culinária é o “Rota Asiática”, oferecido pelo Tantra Restaurante. É um menu degustação no qual o camarão chega à mesa em diversas versões: com wasabi, empanado com coco, com noodles crocantes e camarão thai. São utilizados molhos tradicionais do Japão, Índia, Vietnã, Tailândia, entre outros países. É o prato ideal para quem quer jantar e experimentar todas as combinações possíveis da harmonia e equilíbrio dos sabores ácido, picante, doce e salgado, deste “mix” asiático. Um exemplo clássico da fusão da comida asiática, onde todas as culinárias podem se equilibrar em somente um prato.
Menu degustação: R$ 99 (serve 2 pessoas)
Tantra Restaurante – Av. São Camilo, 988 – Granja Viana
4702-6883 / www.tantrarestaurante.com.br


Ora, pois!

Variedade de temperos. Pratos ricos e cheios de sabor. Assim é a culinária portuguesa. E em Portugal, por ter vocação marítima, a quantidade de peixes e frutos do mar no cardápio também é grande. Entre eles, o de maior destaque é, claro, o bacalhau. Um verdadeiro estandarte da cozinha portuguesa, ele pode ser feito de várias maneiras, tanto que um famoso ditado popular português afirma que há mais receitas de bacalhau do que dias num ano. Foi em maio de 2017 que a Granja Viana, reafirmando o seu DNA de polo gastronômico, recebeu seu primeiro restaurante português, o Páteo Lisboa. Uma opção além-mar aqui do lado, que tem como carro-chefe o delicioso bacalhau assado, acompanhado de batatas ao murro e brócolos cozidos com lâminas de alho frito no azeite. Aliás, se a culinária é portuguesa, não podem faltar alho e azeite. De entrada, que tal uma incomparável alheira, prato típico lusitano, ou bolinhos de bacalhau? Ora, pois!
Bacalhau assado: R$ 179 (serve duas pessoas)
Páteo Lisboa – Rua José Félix de Oliveira, 991 – Loja 3
4551-9108 / www.pateolisboa.com


Cozinha alemã

Assim como chucrute e batata, quando se pensa em comida alemã, logo se pensa no famoso e imponente joelho de porco – em alemão, Eisbein. Literalmente, Eisbein significa perna (Bein) de gelo (Eis) e há uma série de versões para explicar a origem do nome. O modo de preparo também varia de região para região. Em Berlim, por exemplo, é típico o Eisbein ser curado e depois cozido e, então, servido acompanhado de chucrute e purê de ervilha. No sul da Alemanha, chamado de Haxe, o joelho de porco costuma ser grelhado ou assado ainda cru. Já no Bar do Alemão, é feito à pururuca. Acompanha purê de ervilha, batatas cozidas, chucrute, linguiça branca e cebola tirolesa. O tamanho do prato impressiona e requer muito apetite. Se quiser, pode optar, também, por outras iguarias da cozinha alemã, como kassler, saladas e salsichas, entre outras variedades de pratos e porções. E tem uma das parmegianas mais famosas do Brasil.
Eisbein à Pururuca – R$ 169 (serve de 2 a 3 pessoas)
Bar do Alemão – Rodovia Raposo Tavares, s/n – km 22 – The Square Open Mall
2898-9590 / Instagram: bardoalemaofamiliasteiner


Gastronomia de rua americana

Antes mesmo de receber seu famoso nome, esses bifes diferenciados que usamos loucamente em sanduíches já existiam, em uma versão mais rústica, nos séculos 12 e 13. A sensação da América só chegou aos Estados Unidos na segunda metade do século 19, levada por alemães que embarcavam no porto de Hamburgo. Daí a carne chegou ao “novo continente” com o nome de hamburg steak (ou bife de Hamburgo) e, dos Estados Unidos, conquistou o mundo. Inspirado nos mais famosos nomes do crime e do terror, o cardápio do recém-inaugurado Killer Burger conta com ingredientes superpremium e cheio de referências à gastronomia de rua americana. Com um ambiente temático que oferece uma experiência quase turística, a casa tem um clima nova-iorquino, com uma escada de incêndio externa, típica dos edifícios de Manhattan, e o ambiente interno remete aos antigos galpões do Brooklin. No cardápio, típicos hambúrgueres americanos. Destaque para o Ground and Pound, que mescla uma harmonia de sabores: o doce da cebola com o salgado do bacon e do tomate assado com a rúcula. O sanduíche é feito com pão preto, hambúrguer artesanal, queijo americano, bacon crocante, cebola caramelizada, rúcula e tomate-cereja assado com alecrim. É para matar a fome, não? Se não conseguir comer tudo, tem uma cadeira elétrica com pena às avessas: para lá serão enviados os que não conseguirem cometer a transgressão da gula.
Ground and Pound: R$ 35
Killer Burger – Avenida Estácio de Sá, 1891 – São Paulo II
4612-9259 / www.facebook.com/killerburgerbr


Tradição dos Reis Magos

Sabia que o Bolo-Rei já tem mais de 2 mil anos? Diz a história que teriam sido os três reis magos, Gaspar, Belchior e Baltazar, a dar origem ao famoso Bolo-Rei, simbolizando os presentes levados ao Menino Jesus quando do seu nascimento: o ouro, a mirra e o incenso. De acordo com a simbologia, a côdea simboliza o ouro; as frutas, cristalizadas e secas, representam a mirra; e o aroma do bolo assinala o incenso. Certo é que o bolo, devido às frutas e à forma circular com um buraco no centro, aparenta uma coroa incrustada de pedras preciosas. O Bolo-Rei é um bolo típico português, que se come tradicionalmente entre o Natal e o Dia de Reis. Mas aqui na região você pode saboreá-lo durante todo o ano: a Dona Deôla faz esta delícia sob encomenda, tamanho sucesso desta tradicional receita portuguesa que leva frutas cristalizadas, nozes e cerejas. Na massa, há uma fava e uma prenda (geralmente uma aliança, sinal de muita sorte e fortuna). Quem pega a fatia com a fava deve presentear alguém com um bolo, e quem pega a fatia com a prenda garante a sorte.
Bolo de Reis – R$ 61,80 (o quilo)
Dona Deôla Padaria & Cia. – Rodovia Raposo Tavares, km 22 – Granja Viana
4612-2288 / www.donadeola.com.br


Mama mia, a erva rainha

Não é por acaso que provençais e italianos chamam o manjericão de “erva rainha”. Fez parte do imaginário popular de gregos e romanos, que o consideravam símbolo do erotismo. Começou por ser planta ornamental, mas é, sem dúvida, a mais aromática das ervas usadas na alimentação. O manjericão firmou-se na gastronomia. Aromatiza alguns dos pratos mais emblemáticos de cozinhas tão importantes como a tailandesa, a provençal e a italiana. Na Ligúria, no norte da Itália, é a variedade usada no célebre pesto genovês. A Cozinha de Santo Antônio tem um buffet variado com pratos que passeiam por todos os lugares do mundo, mas um de seus destaques é justamente a cozinha italiana. Espaguete ao pesto de manjericão, acompanhado de filé de frango na manteiga de ervas foi o nosso escolhido. Aliás, ervas – especialmente, salsa, alecrim e, claro, manjericão – são marca registrada da culinária “Santo Antônio”. São tantos sabores, temperos e diferentes texturas que cada garfada se transforma em um verdadeiro deleite. Não há quem consiga passar por lá sem que a boca comece a encher de água.
Buffet livre a partir de R$ 38,45 (ou R$ 76,90 o quilo)
Cozinha de Santo Antônio – Rua José Felix de Oliveira, 962 – Granja Viana
4612-5663 / [email protected]


Churrasco texano

Prepare-se para uma viagem para as raízes da comida norte-americana sem sair da Granja Viana. Com a inauguração do Churrasco Nacional, um contêiner que fica em uma das principais vias do bairro, o Texas-style barbecue chegou para saciar a vontade de carne. Muita carne. Carne grande e suculenta. E se no Brasil a estrela é a picanha, no churrasco texano o destaque fica para o brisket (peito do boi), além das costelas bovinas e suínas. O autêntico barbecue, aquele do interior dos Estados Unidos, não significa o molho ou o churrasco, mas sim a técnica de defumação das carnes. O modo de cocção é feito no interior de uma churrasqueira (também chamada de smoker) e batizada de “pit”. Dentro dela, a carne não é cozida, mas defumada. Um deleite para os carnívoros de plantão!
American barbecue – R$ 79 (serve até 4 pessoas)
Churrasco Nacional – Rua José Félix de Oliveira, 845 – Granja Viana
94017-3989 / www.facebook.com/churrasconacional

 

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