O Texas foi um dos primeiros estados norte-americanos a retomar as atividades. Desde 1º de maio, restaurantes e lojas em Houston, a quarta maior cidade dos Estados Unidos, foram autorizados a reabrir com capacidade reduzida, seguidos por bares e salões de beleza, como no restante do estado.

A brasileira Luciana Picanço tem 45 anos e, há quase 3 anos, mora com o filho Nicolas (foto) em Houston, capital do Texas e que concentra o maior número de hospitais e centros de pesquisa do mundo. Apesar do fim da quarentena por lá, ela descreve mudança de hábitos: “a rotina mudou uns 50%. Muita gente se protegendo com máscaras e luvas e ainda obedecendo o isolamento”.

Logo no início da pandemia, Luciana postou esta mensagem nas redes sociais

Apesar das precauções, desde o fim de semana prolongado no final de maio pelo “Memorial Day” e os protestos contra o racismo em junho, os contágios só aumentaram e grande complexo hospitalar de Houston chegou a ficar sobrecarregado por covid-19. O condado de Harris, onde fica a capital texana, já apresenta mais de 65 mil casos e uma taxa de letalidade de cerca de 1%.

Luciana diz que evita pensar na doença e tem focado no trabalho. “Sou babá de dez cães, 7 buldogues e 3 chihuahuas”, diz. Está explicado: mal sobra tempo para outras coisas. Sua rotina é dar comida para os cachorros, levar para passear e limpar onde dormem. E ela ama o que faz: aqui no Brasil, ela e o então marido mantinham um canil em Cotia e a rotina de cuidados com os pets já era intensa.

Pocho Ignacius

Sobre o futuro, ela levanta duas hipóteses. “As pessoas vão dar mais valor umas às outras, se amarem e cuidarem mais. Ou vão todos se acostumar com esse distanciamento e o egoísmo vai prevalecer”, comenta. Ela espera, assim como a maioria, que a primeira hipótese prevaleça. E finaliza, pedindo a todos: “insista, persista e não desista”.

Mais uma mensagem que a brasileira postou nas redes sociais, durante os tempos de pandemia

 

Por Juliana Martins Machado

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