Documento do Governo de SP prevê que linha de metrô ligará Granja Viana a Faria Lima  

Linha 22 Bordô não chegaria mais até o centro de Cotia, segundo documento vazado e divulgado pelo site MetroCPTM. Linha teria 13 estações espalhadas por 16,1 km de extensão que deverão receber um público estimado em 449 mil pessoas por dia. Informação foi negada Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo

A tão falada linha 22 Bordô do Metrô voltou a ser citada em documento vazado da Secretaria dos Transportes Metropolitanos de São Paulo. Diferentemente de como foi divulgado anteriormente, a linha não chegaria mais até o centro de Cotia, mas sim até a Granja Viana. O documento foi obtido pelo jornalista Ricardo Meier, do site MetrôCPTM, mas foi negado pelo governo.
A linha 22, segundo o jornalista, sairá da Granja Viana e terminará na esquina das avenidas Rebouças e Faria Lima. Serão 13 estações espalhadas por 16,1 km de extensão que deverão receber um público estimado em 449 mil pessoas por dia. “Pela sua característica, funcionaria mais como um trem metropolitano que servirá para trazer usuários de regiões distantes e que farão conexão nas três últimas estações, todas distantes das linhas centrais da cidade”, escreveu Meier.
Ainda de acordo com ele, a linha em questão começará a ser estudada a fundo em 2021, mas terá as obras iniciadas em 2022 com entrega também prevista para 2028.
Caso todo esse plano se concretize, conforme Meier, São Paulo teria cerca de 204 km de metrô – mais do que o dobro que tem hoje -, além de mais de 280 km de trilhos da CPTM, num total próximo a 500 km de trilhos. “A região metropolitana então passaria a contar com 11 linhas de metrô, cinco a mais do que hoje, uma situação bem melhor do que a atual, mas ainda insuficiente para os desafios de mobilidade existentes”, complementa o jornalista.
Meier explica que a apresentação faria parte de um material em que o secretário Alexandre Baldy deveria mostrar (ou mostrou) ao governador João Doria (PSDB) os cenários possíveis para expandir os serviços de transportes coletivos de responsabilidade do estado.
“Obviamente, os dados apresentados são uma coletânea de estudos em estágios diferentes de execução. Há desde obras em andamento com recursos já obtidos até planos genéricos cujo horizonte é tão distante que seria ingênuo acreditar na sua execução. Ainda assim, ela traça um panorama bastante interessante sobre como pensa a atual gestão”.
Já a Secretaria de dos Transportes Metropolitanos disse que desconhece o relatório divulgado sobre investimentos da pasta. Informou, em nota, que ‘projetos e obras da Secretaria estão em fase de reconhecimento pela nova gestão para a definição de prioridades’.
Por José Rossi Neto
Com informações do site MetroCPTM

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